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CASTELO MENDO



Breve apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Castelo Mendo, é mais uma aldeia muralhada com a traça ainda bem conservada e com as caracteristicas originais, tirando 1 ou outro pormenor da era do cimento e da tinta.
A Igreja (fechada) dizia-nos a propósito disto uma habitante septuagenária da aldeia que por motivos de segurança a igreja está fechada a visitas, já que ultimamente tem havido diversos roubos de arte sacra. Dizia-nos a senhora que a igreja tem um espólio muito rico. Ficamo-nos pela história.


HISTÓRIA:


Situada na margem esquerda do rio Côa, a cerca de 20 km da sede do concelho, a freguesia de Castelo Mendo é constituída pelas povoações de Castelo Mendo e Paraizal, lugar onde existe um muito antigo relógio de sol. A história de Castelo Mendo é riquíssima, tendo sido cabeça de um concelho de grande importância, que dominava uma vasta área.

O poder de outrora está ainda hoje bem representado na actual povoação. Toda ela é uma fortaleza - museu.

Castelo Mendo situa-se, a cerca de 800 metros de altitude, com vertentes abruptas, que descem para o ribeiro dos Cadelos e o rio Côa, a cerca de um quilómetro de distância.

Nesta paisagem de grande beleza, instalaram-se desde cedo os primeiros habitantes. Aí deverá ter existido, antes da chegada dos romanos, um castro lusitano, importante sob o ponto de vista estratégico e por isso aproveitado por aquele povo.

Restos de antigos troços de estrada, ultimamente encontrados na povoação, bem como alguma cerâmica e diversas moedas, provam a remota existência neste local de um centro político e administrativo relativamente importante.

A localização geográfica de Castelo Mendo funcionou em diferentes momentos como força motriz fundamental para o progresso. Assim aconteceu com a Reconquista Cristã. Castelo Mendo situado num morro, garantia a defesa das terras da margem esquerda do rio Côa. Daí à construção do castelo apenas um pequeno passo, decidido por D. Sancho II em meados do séc. XIII. Este monarca, em 15 de Março de 1229, deu foral a Castelo Mendo. O objectivo do documento era o povoamento de "Castelli Menendi" por membros de todas as classes sociais, embora o foral refira os "melhores homens da Vila": "Melioribus hominibus de villa clericis et laicis".

Pelo mesmo foral, é criada uma feira franca em Castelo Mendo, que se realizaria três vezes por ano. Na Páscoa, na festa de S. João e na de S. Miguel. Cada uma iria durar oito dias e os seus participantes beneficiariam da protecção real durante a sua realização, fossem "credores ou homícidas". Segundo Virgínia Rau, foi a primeira vez que na documentação oficial surgiram referências a feiras, já que anteriormente eram comuns alusões a mercados locais. A de Castelo Mendo terá sido, assim, pioneira no que diz respeito às feiras medievais portuguesas.


Com D. Dinis, Castelo Mendo tornou-se um ponto ainda mais importante na estratégia defensiva do reino. Mandou alargar as muralhas da povoação, trabalho que só viria a ficar concluído no reinado de D.Fernando. Depois do reinado de D. Dinis, as muralhas de Castelo Mendo passaram a constituir um ponto de defesa muito eficaz para as lutas com Castela. Ao mesmo tempo, foram concedidos novos privilégios à povoação e ampliados os benefícios apresentados no primeiro foral. O mesmo voltou a acontecer com D. Manuel, em 1 de Junho de 1510.

Localidade bastante antiga, foi no período da reconquista o ponto fronteiriço entre Portugal e Castela. Depois do Tratado de Alcanices em 1297 a mobilidade da fronteira para Almeida e Castelo Rodrigo levou a que esta localidade perdesse a importância anteriormente verificada.

Os dois panos de muralha existentes reportam-se: o primeiro, a um plano inicial de D. Sancho e o segundo, a um desenvolvimento e incremento económico ocorrido desde D. Dinis a D. Manuel, conforme se verifica no "telheiro" da primeira feira franca da região existente no exterior das muralhas.







PATRIMÓNIO E TURISMO:
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O programa das "Aldeias Históricas" transformou a freguesia, sob o ponto de vista urbanístico e de recuperação patrimonial.
Os fios e cabos eléctricos e telefónicos foram enterrados, as fachadas foram arranjadas, os monumentos restaurados e preservados.
O turismo começa a despontar, com a criação de o "Museu do Tempo e dos Sentidos", a realização da Feira Medieval que traz cada vez mais gente à Freguesia, em busca de encontros e partilha de vivências, enquanto se transaccionam produtos regionais, como o fumeiro, queijo, o mel, etc.


Património Edificado:



Igreja de Santa Maria do Castelo - de raíz românica é considerada uma das mais antigas do Distrito da Guarda.

Igreja de S. Pedro - de traçado setecentista, destina-se ainda hoje ao culto.


Igreja de S. Vicente - era a igreja utilizada pelos nobres. Destaque para o tecto de raíz mudejar.

Pelourinho - manuelino, ostentando bonito capitel em gaiola, tendo a sua coluna sete metros de altura.


Antiga Misericórdia - de traçado filipino ostenta numa das suas paredes uma vieira testemunhando que por aqui passava uma das "Rotas de S. Thiago".

Tribunal - edifício que funcionou como Tribunal, Câmara e Prisão.

O "Mendo e a Menda" - esculturas colocadas numa parede (do Tribunal e casa particular).


"Dois Berrões" - esculturas votivas de origem celta colocadas à entrada da Vila, testemunhando a antiguidade da mesma.

Paisagem: É de referir a agreste paisagem, cheia de contrastes, entre o morro feérico e deserto, e o fresco vale junto às margens do rio Côa.


Aqui alarga-se um importante açude (Vale de S. Miguel), onde se pode praticar a pesca desportiva e passar amenos momentos, ouvindo a queda da água em comunhão com a Natureza.
O ribeiro dos Cadelos é também um elemento interessante e de destaque, na paisagem de Castelo Mendo.


Fonte: http://www.castelomendo.com/



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