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CAMPO DA ATACA - GUIMARÃES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Final da "Viagem ao Berço de Portugal" realizada de 18 a 20 de Janeiro de 2013, que se iniciou no Município de Vizela,(ver reportagem a ela associada no Portal), e terminou no Município de Guimarães. Com um nome tão sugestivo não poderia-mos deixar de visitar a localidade onde nasceu Portugal. Passagem pelo Santuário e Mosteiro de S. Torcato (ver reportagem correspondente no Portal) agradecer ao responsável pelo Santuário a colaboração que deu ao Grupo AuToCaRaVaNiStA, seguidamente a passagem pelo Campo da Ataca, onde provavelmente teve inicio a Nacionalidade Portuguesa na celebre Batalha de S. Mamede ganha por D. Afonso Henriques, que viria a ser o Primeiro Rei de Portugal.


Este local simbólico que muita gente desconhece, é o monumento Nr. 1 daquilo que somos hoje como Povo e como Nação.

Um agradecimento especial ao Sr. Engenheiro da Divisão de Transito da C.M. de Guimarães, bem como da Policia Municipal pela colaboração prestada ao Grupo AuToCaRaVaNiStA de Portugal na reserva do estacionamento na encosta do Castelo para uma foto conjunta da família AuToCaRaVaNiStA para a posteridade. Havemos de lá voltar. Para finalizar e não descontextualizar, um forte VIVA A PORTUGAL.

              HISTÓRIA:
Segundo a tradição de muitas gerações, foi em S. Torcato que teve início, em 24 de Junho de 1128, a Batalha de S. Mamede, na qual D. Afonso Henriques conquistou a chefia do Condado Portucalense e iniciou o processo político da independência de Portugal, ao afastar a tentativa de hegemonia galega. Não deixa de ser significativo que o nome do lugar seja o de "Campo da Ataca" - ou do ataque - designação guerreira bem sugestiva.
Em 1996 foi inaugurado o actual arranjo artístico-monumental, que celebra este acontecimento.
Fonte: www.cm-guimaraes.pt

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SÃO TORCATO - GUIMARÃES

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

O Santuário de S. Torcato apresenta-se imponente em construção predominantemente granítica, de inspiração Gótica, Românica e Clássica, uma mistura de vários estilos que combinam numa arquitetura menos rígida, apesar de eu ser apologista de que no passado, as obras arquitetónicas,  bem como os estilos e os seus criadores, tinham bastante mais categoria que nos dias de hoje. Mas isso é apenas a minha opinião. Sobre o Santo e a sua história, vem já a seguir:


                HISTÓRIA:

São Torcato foi um santo português, natural de Guimarães, que viveu entre os séculos VII e VIII.O seu corpo foi encontrado num mato, junto a um regato. Ao ser retirado, segundo a lenda, do meio das silvas e do monte de pedras, brotou uma fonte caudalosa que ainda hoje se conserva, conhecida como Fonte de São Torcato. No local foi erigida uma capelinha em honra do santo, que se encontra hoje sepultado em câmara de vidro, no Santuário de São Torcato.


Situada na margem esquerda do Rio Selho, a 251 metros de altitude, S. Torcato é uma vila predominantemente rural.
Nas margens do Selho podemos encontrar um conjunto de moinhos com vários séculos de existência, mantendo-se alguns ainda em funcionamento.


Em finais do séc. XIX foi iniciada a construção do Santuário de S. Torcato, um edifício em granito, com elementos de inspiração gótica, românica e clássica.
No interior da Igreja encontra-se o corpo incorrupto de S. Torcato, um dos primeiros evangelizadores da Península Ibérica no séc. VIII.


O edifício está ainda em construção, estando actualmente as obras do Santuário a ser finalizadas por canteiros formados na Escola de Cantaria da Irmandade de S. Torcato. Junto ao Mosteiro, o Museu da Vila de S. Torcato apresenta um espólio muito diversificado ligado à vivência da região, à fé do seu santo e ao seu Mosteiro.



     Capela de S. Torcato

A Igreja do Mosteiro de S. Torcato - Monumento Nacional - uma construção de raiz visigótica que sofreu alterações no séc. XII e foi posteriormente ampliada durante o séc. XIX, ainda subsistindo alguns elementos da antiga construção românica.




     Fonte de S. Torcato


Rica em festas e conhecida pelo seu folclore, em S. Torcato realiza-se, desde 1852, no 1º. Domingo de Julho, umas das maiores e mais concorridas romarias do Minho, a Romaria Grande de S. Torcato.
Horário:
Igreja do Mosteiro de S. Torcato
09:00H - 12:00H e das 13:30H às 19:00H


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S. BENTO DAS PERAS - VIZELA

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S. Bento das Peras ergue-se numa subida de montanha granítica até cerca de 450 metros de altura, com algumas inclinações acentuadas por entre estradas estreitas de montanha, sobranceiro à própria cidade, e de onde se avista todo o vale do Vizela numa paisagem deslumbrante, que em límpidos dias se estende o seu horizonte até ao mar. Uma Capelinha, e uma Capela no alto do monte são os símbolos religiosos que representam S. Bento das Peras, sem que falte a sua imagem do alto de um penedo virado para a cidade de Vizela que protege. 



             HISTÓRIA:

       Capelinha de S. Bento
S. Bento nasceu em Itália (Núrsia), em 480. Os seus pais eram de origem nobre, e graças a isso, fora estudar para Roma. No ano 500 refugiou-se numa montanha recatada para estar em silêncio com Deus e com os seus ensinamentos. A sua fama depressa se alastrou aos quatro cantos do mundo chegando ao Vale de Vizela antes da Fundação da Nacionalidade. S. Bento faleceu no ano de 540.






          Cista de S. Bento:
Se hoje a devoção de Vizela e arredores ao S. Bento conhece ainda muita adesão, ela foi-o muito mais intensa e pura há uns 50 anos e mais, mas que degenerou para o que hoje é, sobretudo de há uns 20 anos para cá.
Há 50 anos, pela Páscoa, no S. Bento das Pêras, a festa era superior à da romaria de hoje, sobretudo no cumprimento de promessas de fogo de ar.
Variadas promessas vinham satisfazer com oferendas, desde açafates de ovos, a ramos de cravos, milho e sacos de sal daquele de salgar carnes de porco, oferta esta a pagar graça sobre “coisas ruins” de que ele também é advogado.

  Capela de S. Bento das Peras
Mas estas graças não eram retribuídas em silêncio. Não. As redondezas ficavam cientes dessa gratidão. Formavam-se grupos de romeiras, com principal incidência aos domingos de tarde. Eram entre cinco e nove. E a chefe de cada grupo transportava na cabeça cestinhas com o merendeiro, a repartir, depois, por cada acompanhante. E assim em grupos, lá iam subindo as encostas do S. Bento, dos lados da cidade, cantando…As chefes de grupo, dos serões ou novenas, “botando” as cantigas. Os acompanhantes respondendo…

Ao sair da nossa porta,
No descer da escaleira,
S. Bentinho milagroso
Vinde esperar a romeira…

S. Bentinho milagroso
Vinde esperar a romeira!...

S. Bentinho milagroso,
Aqui tem o meu serão,
Que lhe tinha prometido,
Por curar o nosso irmão…

Que lhe tinha prometido,
Por curar o nosso irmão!...

S. Bentinho milagroso,
Seu caminho tem pedras!
Se não fizesse milagres,
Aqui não vinha ninguém!...

Se não fizesse milagres,
Aqui não vinha ninguém!...

S. Bentinho milagroso,
Seu cantinho tem areia,
Eu já rompi os sapatos,
Não quero romper a meia…

Eu já rompi os sapatos,
Não quero romper a meia!...





Numa recolha de quadras conseguiu-se um inventário de quarenta.

Outra vezes, eram grupos de homens e mulheres, constituídos pela família inteira da pessoa miraculada, que também subia o monte amortalhada ou transportando formas humanas de cera. Subiam a encosta, cantando também.
Com a revolução industrial que feriu de morte muito hábito que fiel e religiosamente vinha sendo transmitido de gerações muito recuadas, o cumprimento de promessas com romeiras começou a ser ao sábado de manhãzinha.
Ainda há vinte anos era assim.

Dada a fuga da juventude da vida do campo, estando já na terceira idade muitas romeiras de há cinquenta anos, e outras a passos largos caminhando para essa terceira idade, vão rareando, assim, as fiéis depositárias desta linda tradição, pelo que há razões fundamentadas para se acreditar que o fim irremediável dos “serões” e das novenas está próximo.
Fonte: www.cm-vizela.pt


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TERMAS DE VIZELA - VIZELA

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Esta visita às termas de Vizela esteve integrada na Viagem que o Grupo AuToCaRaVaNiStA efetuou a Vizela no passado fim de semana de: 18, a 20 de Janeiro de 2013(apenas para que fique registado).
Foram-nos dadas explicações no decorrer da visita dividida em dois grupos para que pudéssemos ver e interagir com os diversos processos praticados nas termas nos diversos tratamentos a que os utentes são sujeitos consoante o seu problema. Estas aguas são hipertermais, pouco mineralizadas, bastante sulfúreas, sódicas e fluoretadas. 
Quanto às suas principais indicações terapêuticas, são o tratamento de reumatismos crónicos, afecções neurológicas e traumáticas, doenças crónicas das vias respiratórias e ainda doenças de pele. Mas o melhor é ler a história toda. 


               HISTÓRIA:

No início do século XVIII não existiam condições para se praticar o termalismo em Vizela. Os 5 charcos com diferentes graus de temperatura, serviam apenas para os mais desfavorecidos se banharem. 
Em 1785, são criadas as primeiras “Instalações Termais”. Estas eram muito precárias, pois limitavam-se apenas a uma barraca coberta de colmo. Em 1787, registou-se uma significativa afluência a este local, o que levou a uma melhoria das condições existentes. É nesta altura que se descobrem as antigas Termas Romanas. 
Em 1811, criam-se novas instalações e contrata-se um médico capaz de aconselhar apropriadamente o tipo de água a cada tipo de doença. A 13 de Maio de 1846, nascia na freguesia de St.ª Eulália, um dos homens que mais contribuiu para o desenvolvimento das Termas de Vizela. 



O médico hidrologista, Dr. Abílio Torres, dedicou toda a sua carreira a estas Termas e a outras actividades de acção social e cultural. O reconhecimento por parte do povo de Vizela é-lhe demonstrado, tendo a artéria principal da cidade o seu nome. Em 1870, as actuais Instalações Termais começaram a ser construídas. Em 1873, é fundada a Companhia dos Banhos de Vizela. Em 1883, frequentam as Termas de Vizela mais de 3 mil pessoas por ano. Em 1892, inauguram-se oficialmente os balneários termais. Nesta altura Vizela, vivia os seus “anos dourados”. Era o local privilegiado para os ricos das colónias brasileiras e inglesas fazerem os seus piqueniques, bailes, arraiais minhotos e outras animações que fizeram com que Vizela passasse a ser conhecida como a “Rainha das Termas de Portugal”. Até o escritor Camilo Castelo Branco fez referência nos seus livros a estas Termas. 
Estas águas, cujas temperaturas variam entre os 15ºC e os 65ºC, são hipertermais, fracamente mineralizadas, sulfúreas, sódicas e fluoretadas, estando indicadas sobretudo para o tratamento de reumatismos crónicos, doenças das vias respiratórias e doenças de pele. 

* Características das Águas 



No que diz respeito às águas, é sabido que estas têm características importantíssimas para a saúde de quem delas necessita. São águas hipertermais, fracamente mineralizadas, sulfúreas, sódicas e fluoretadas. 

* Indicações Terapêuticas 
Quanto às suas principais indicações terapêuticas são o tratamento de reumatismos crónicos, afecções neurológicas e traumáticas, doenças crónicas das vias respiratórias e ainda doenças de pele. 

* Meios de Cura 



Os meios de cura, por seu lado, são os mais diversos, todos eles aplicados em Vizela: ingestão de água, banhos de imersão (em banheiras individuais e piscinas colectivas), banhos de imersão subaquáticos, hidromassagens, massagens, duches de Vichy, sauna, vapor à coluna (bertholet), irrigação, pulverização, inalações, emanatório, lamas medicinais, aerossóis, electroterapia e mecanoterapia. O tratamento completo dura de quinze a vinte dias, hora e meia por dia. 




* Curiosidades 



São trinta e três nascentes, todas distribuídas pela Lameira (actualmente Praça da República), Banho Médico, Mourisco e Rio. Estas nascentes divergem umas das outras, as suas temperaturas variam entre os 15ºC e os 65ºC. O caudal das diversas nascentes ultrapassa o milhão de litros por dia.
Foram feitos 4 furos artesianos, com profundidades entre os 70 e os 85 metros, com caudal de 39ºC a 65ºC. 
Opiniões de especialistas consideram as nossas águas como umas das melhores entre as melhores águas sulfúricas quentes de Portugal. 

Informações:

Termas de Vizela
TESAL EXPLOTACIÓN, S.L. – REPRESENTAÇAO PERMANENTE
Rua das termas, 37
4815 – 416 CALDAS DE VIZELA
Telefone: 91 0378232/ 253 565 117
E-mail: tesalvizela@tesal.com
www.tesal.com


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CAVES DO CASALINHO - VIZELA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Visita integrada na Viagem ao Berço de Portugal que se iniciou em Vizela e terminou em Guimarães. Agradecimento às Caves do Casalinho pela receção feita ao Grupo AuToCaRaVaNiStA que visitou as suas instalações na manhã do dia 19 de Janeiro de 2013, à Câmara Municipal, e ao Departamento do Turismo nas pessoas da Srª. Vereadora, Drª Dora Gaspar, e ao nosso Guia turístico que foi incansável, o Sr. Bruno Coelho. A todos os intervenientes o nosso muito obrigado pela colaboração prestada.


HISTÓRIA DAS CAVES CASALINHO: 

Fundadas em 1944, as Caves do Casalinho, S.A. são a mais antiga Empresa Vinícola com sede no concelho de Vizela. 
No noroeste de Portugal, no coração da bela e famosa Região demarcada dos Vinhos Verdes, localiza-se a freguesia de Santo Adrião de Vizela, mencionada já em documento do Séc. XI como sendo terra de vinhedos, milheirais e colinas cobertas de florestas, rodeando o Vale do Vizela. 

Nesta região, rica de tradições vinícolas, é desde há séculos berço das famílias Camelo e Faria, nasceram há mais de 50 anos, as Caves do Casalinho, criadas pelos fundadores José Joaquim Ribeiro Camelo, da Casa de Bouçó e José Leite da Costa Faria, da casa do Casalinho, conterrâneos e ainda remotos parentes. 

Visando, no início, comercializar apenas o Vinho Verde das suas propriedades, cedo transformaram a sua empresa numa unidade moderna, produzindo e exportando vários vinhos que se encontram hoje em todos os continentes. Sempre sob a direcção das mesmas famílias, a empresa continuou na via traçada pelos seus fundadores, modernizando continuamente os seus equipamentos e tecnologias, e desenvolvendo a qualidade dos seus vinhos (hoje não só verdes, mas provenientes de várias outras origens e regiões Demarcadas) que obtiveram os mais altos prémios nos concursos nacionais e internacionais.
  

Actualmente administra directamente as Quintas do Casalinho, Entre-Vinhas, Bouçó-de-Cima, Bouçó-de-Baixo, Lamelas, Uveiras, Tigém e Crasto, todas com vinhas plantadas segundo as mais recentes técnicas de encepamento e condução, e utilizando unicamente as castas regionais aprovadas que deram fama e prestígio à Região dos Vinhos Verdes. 


Vinhos Produzidos: 

- Três Marias (Vinho Verde); 
- Casalinho (Vinho Verde); 
- Casalinho (Rosé); 
- Santo Adrião (Vinho Verde); 
- Romanisco (Douro); 
- Alexandre Magno (Dão); 
- Trigueira (Regional Ribatejano); 
- Ouro Velho (Regional Beiras).
Fonte: www.cm-vizela.pt


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VIZELA - BRAGA

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Vizela ou Caldas de Vizela, é uma cidade Portuguesa, localizada na zona mais a Sul da região Minhota, pertencente ao Distrito de Braga, Região Norte, e Sub-Região do Vale do Ave. Um jovem concelho Português, que prosperou bastante de há uns anos para cá, após a sua independência e autonomia, (ver mais abaixo) como mais um Munícipe a acrescentar ao Distrito de Braga. Agradecemos à Câmara Municipal de Vizela todo o apoio dispensado durante esta visita do Grupo AuToCaRaVaNiStA. Um bem hajam, e quem sabe, uma eventual área de serviço para autocaravanas em vizela, não venha num futuro próximo a aproximar mais o autocaravanismo e os autocaravanistas da cidade de Vizela. Ficou o repto lançado  na expetativa de uma boa receção. Nós (Grupo AuToCaRaVaNiStA) damos a logística e todo o apoio na conceção desta plataforma. O Portal AuToCaRaVaNiStA e o Grupo AuToCaRaVaNiStA agradecem a todos os intervenientes, neste que foi batizado de: Viagem ao Berço de Portugal, e que se iniciou em Vizela, e terminou em Guimarães.

Notícia no JN/Click a Foto:

Foi noticia no JN de segunda feira, com o titulo de: "Autocaravanistas de todo o País, reúnem-se em convívio à chuva", mas, resumidamente, esteve a chover na sexta, mas efetivamente não foi incómodo para o programa da viagem, devido a não haver atividade, o final da tarde de sexta foi apenas para a chegada ao aparcamento que  nos estava reservado, e foi dentro de um inverno normal, comparativamente com o resto do País que esteve torrencial, nós realmente só demos por conta da calamidade através das notícias. No sábado o Portal AuToCaRaVaNiStA já tinha pedido ao S. Pedro para dar uma trégua na chuva quando mais precisava-mos, e por isso, agradecemos ao S. Pedro por nos ter dado ouvidos e atendido às nossas preces, já que o sábado estava destinado a um passeio pedestre pela cidade de Vizela, e, esteve sem chuva nem vento apesar de frio. O nosso obrigado ao S. Pedro. 

              HISTÓRIA:


O concelho de Vizela foi criado em 24 de Maio de 1361, vindo a ser extinto em 3 de Fevereiro de 1408. Teve então a designação de Riba Vizela. O município foi restaurado em 19 de Março de 1998 por desmembramento de freguesias de Guimarães, Lousada e Felgueiras.




Atualmente é um dos mais jovens concelhos de Portugal, Vizela estende-se por uma área de 24 km2, é composto por 7 freguesias, Infias, Santa Eulália, Santo Adrião de Vizela, São João de Caldas de Vizela, São Miguel de Caldas de Vizela, São Paio de Vizela, Tagilde, e acolhe uma comunidade de cerca de 24 mil habitantes. 
Situado no Norte de Portugal, na bacia do Vale do Ave no extremo sul da província do Minho, serve de fronteira com o Douro Litoral. Encontra-se a apenas 8 km de Guimarães, Património Mundial, à mesma distância do acesso à auto-estrada A7 e a 4 km da entrada da A11.
 
                Bica Quente
Terra verde por natureza, o contraste entre as suas zonas mais planas e alguns pontos mais altos, desenham, neste concelho, uma agradável paisagem.
Conhecer as raízes de Vizela, ou Caldas de Vizela, como também é conhecida, é viajar no tempo e partir à descoberta de uma história milenar que tem o seu início muito antes da fundação da própria nacionalidade.
Dos vários povos que por esta terra passaram, foram os Romanos que mais marcas deixaram. O seu mais importante legado foi a preciosa descoberta das propriedades medicinais das águas termais.

           Forum de Vizela

Para além do termalismo, Vizela tem ainda para oferecer, um vasto e rico património cultural e religioso.
Uma visita a Vizela só fica completa uma vez provadas as iguarias da terra, uma cozinha tradicional bem acompanhada pelos néctares da região, o vinho verde, e complementada pelo célebre Bolinhol, doce único em Portugal. 


Bolinhol, doce tradicional de Vizela

A par desta delícia, Vizela tem para oferecer inúmeros espaços de lazer e deleite, como o deslumbrante Parque das Termas, o jardim Manuel Faria, ou o Santuário de s. Bento das Peras.





Santuário de S. Bento das Peras

Com animadas celebrações, um turismo termal atractivo, saberes e sabores especiais na sua gastronomia, artesanato e tradições, às quais se juntam importantes monumentos e locais dignos de descoberta, Vizela tem espírito hospitaleiro e é sempre um convite para visitas várias e prolongadas.
Fonte: www.cm-vizela.pt

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JANTAR DE CONVÍVIO EM VIZELA - GRUPO AUTOCARAVANISTA

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Jantar de Convívio do Grupo AuToCaRaVaNiStA presente em Vizela, aquando da Viagem ao Berço de Portugal, que se iniciou em Vizela e terminou em Guimarães, realizado de 18, a 20 de Janeiro de 2013. Jantar animado totalmente por conta do Grupo AuToCaRaVaNiStA, que totalizou 58 pessoas, negociado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA em modalidade Low-Cost, 7,50€, e com o seguinte Menú: Sopa, Prato de Bacalhau ou Vitela à escolha, com vinho, pão, azeitonas, à discrição, finalizado com café e digestivo. Conforme o publicitado pelo Portal AuToCaRaVaNiStA o Low Cost foi real, tudo 7,50€ por pessoa. Espetáculo.

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5ª ENCONTRO NACIONAL DE AUTOCARAVANAS - CASTELO DE PAIVA

Cartaz do 5º Encontro Nacional de Autocaravanas 2013 by AuToCaRaVaNiStA


Mirar invitación en Español





Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Em 2012 foi assim, apenas uma pequena reportagem, já que sobra pouco tempo para isso.


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Decorreu mais um Encontro Nacional de Autocaravanas 2012, desta feita o 4º êxito consecutivo da maior festa do Autocaravanismo Nacional, conjuntamente com a 15ª Feira do Vinho Verde do Lavrador, Gastronomia e Artesanato de Castelo de Paiva. Agradecemos a todos quantos participaram neste encontro, bem como aos nossos patrocinadores que contribuíram com brindes e prémios, para abrilhantar ainda mais esta festa do Autocaravanismo Nacional.




Em paralelo tivemos também a participação dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva com o jogo da CAGADA DA VACA, que consiste num retângulo com vários quadrados numerados, e ganha o 1º prémio o quadrado onde a vaca "cagar", e o 2º onde "mijar" (os termos são mesmo estes).
Esta iniciativa teve como objetivo angariação de fundos para aquisição de uma nova viatura, em que os autocaravanistas participaram massivamente.
A festa como habitualmente foi muito concorrida, nota-se a adesão de muita juventude principalmente feminina neste evento sobretudo no sábado à noite. A tradição ganha-se, ou no mínimo não se perde, incutindo nesta juventude a essência e a genuinidade das tradições mais remotas do povo Português.






O baile à moda antiga será porventura mais direcionada para os adultos mais velhos, no entanto vê-se pessoas de todas as idades. Animação de rua, teatro, e outras atividades paralelas, fizeram desta feira mais um êxito a somar a todas as outras. De salientar que esta festa premeia sobretudo a cultura e a tradição da Região, com atividades musicais e da cultura tradicional bem ao gosto popular.




Um agradecimento especial ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Dr. Gonçalo Rocha, bem como a toda a vereação, pelo apoio e o carinho que demonstraram através da oferta do brinde "porta chaves" com a inscrição que passo a citar "O MUNICÍPIO DE CASTELO DE PAIVA APOIA OS AUTOCARAVANISTAS". A Organização AuToCaRaVaNiStA agradece muito esta mensagem inscrita neste bonito porta chaves que chegou para todos os Autocaravanistas presentes. O porta chaves foi efetivamente o presente mais carregado de simbologia, e com certeza todos os Autocaravanistas  sem exceção muito apreciaram.
É por estas causas que todos temos que apreciar e retribuir com a nossa presença como forma de agradecimento




Agradeço igualmente o convite que me foi endereçado para o jantar oficial promovido pela Câmara Municipal . 
Quero também fazer aqui uma referencia especial à Casa de Algar, produtor da marca "Pata da Burra" da casta Avesso com os seus controlados 12,5º, controlados porque pode atingir 14º, aos Srs. Engenheiros, proprietário e enólogo, pelo prazer do convívio e das explicações enólogas durante o jantar, serviu-me para obter mais algum conhecimento, pouco, desta complexa arte vitivinícola do vinho verde, já premiado com medalha de ouro, considerado como o melhor do mundo.


O parque da Feira reservado às autocaravanas foi redimensionado pela organização, já que o espaço reservado foi curto de mais para acondicionar todas as autocaravanas, a zona inferior (zona de baixo) ficou praticamente repleto e extravasou a demarcação quase até à totalidade do parque.

Claro que a marcação é apenas por uma questão de organização, não havendo nenhum problema em passar a marcação. Este encontro ultrapassou as nossas expetativas, até porque este ano coincidiu com as festas de S. Pedro que tem muita tradição principalmente aqui no Norte, e depois pela conjuntura económica (crise) que afeta toda a gente e principalmente quem vem de longe. A todos os autocaravanistas Nacionais presentes, e especialmente aos companheiros Franceses e Espanhois que nos honraram com a sua presença, um muito obrigado. Até 2013.


NOTA: Como é compreensível, não disponho de muitas fotos do evento, já que o trabalho em prol dos autocaravanistas que nos honraram com a sua presença foi mais importante, contudo vou ver se recupero fotos de outros amigos da organização, nomeadamente as entregas dos prémios.



Organização AuToCaRaVaNiStA do evento: jbmendes-Fernando Silva-José Rocha-José Teixeira.

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PONTE DE ARAME - LOURIDO - CELORICO DE BASTO

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A ponte de Arame de Lourido fica situada no concelho de Celorico de Basto. O acesso á ponte de arame só é possível com um veículo todo o terreno ou a "Boots" que foi a nossa forma de lá chegar. A última parte do texto em baixo (História) também está desactualizado, já que a ponte está bastante instável e insegura, pelo que não é possível atravessar a pé. Também fomos informados de que a curto prazo a nova barragem vai cobrir a ponte o que originou o abandono da sua conservação pela parte de ambas as Câmaras Municipais de cada um dos lados de acesso á ponte, Celorico e Amarante. O acesso por Celorico á Ponte de Arame de Lourido faz-se em direcção á desactivada Estação dos caminhos de ferro de Lourido "Celorico de Basto", seguido de uma caminhada por entre pinhal e mato. 

               HISTÓRIA:


A Ponte de Arame em Lourido quem vier por Amarante, serpenteando a estrada por Codessoso até à Vila de Celorico, encontrará um desvio ao lado direito que dá acesso ao lugar de Lourido. Trata-se de uma pequena povoação situada na margem direita do rio Tâmega que pertence à freguesia de Arnoia. Já conheceu melhores dias. O encerramento da linha de caminho-de-ferro deixou a estação de Lourido abandonada e as populações, que deste meio se serviam para as suas deslocações para o exterior. Contra este isolamento sempre lutaram as populações do lugar que, ontem como hoje, encontram na ponte de arame sobre o rio Tâmega, o meio de passagem e contacto com a vizinha localidade de Rebordelo, do concelho de Amarante e localizada na outra margem do Tâmega. 

Esta pitoresca ponte é constituída por cabos de arame entrançado e um estrado em madeira, suspensa sobre o rio Tâmega. A sua travessia é, para os principiantes uma tremenda aventura. Apesar do seu ar frágil e balouçar de forma pronunciada, não há registo de nenhum acidente ou queda na ponte. Por ela passaram e passam, pessoas e gado, mercadorias, utensílios de lavoura e faz as delicias dos “motoqueiros” na actualidade. A actual ponte, construída por volta de 1926/27, não é primitiva. 

A anterior, mais estreita, teria sido construída nos finais do séc. XIX e foi deitada abaixo pelos “Galinhas” de Codessoso, a mando da tropa de Amarante “...por receio que os de Vila Real por ali passassem”, como nos conta o Sr. Joaquim de Carvalho, de 84 anos, natural e residente no lugar de Lourido e que bem se lembra do acto. Os de Rebordelo utilizaram a ponte para vir a Celorico à feira e mercado, comprar gado e namorar as raparigas. 

Os de Lourido, Codessoso e até da Vila não lhes ficaram atrás. Hoje, são inúmeras as famílias que se constituíram entre as pessoas de um e outro lado da ponte. "A ponte de arame de Lourido continua firme e mantém hoje as mesmas funções de intercâmbio entre as duas margens do rio."

Fonte: www.cm-celoricodebasto.pt 


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FESTAS DE SÃO GONÇALINHO 2012 - AVEIRO

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Vai decorrer este fim de semana de 10 a 14 de Janeiro de 2013, (os dias mais importantes desta festa que dura 5 dias) mais uma celebração a S. Gonçalinho, as festas realizam-se no centro da Cidade de Aveiro. São muitos os autocaravanistas que participam nas celebrações desta festa já muito antiga. O local aconselhado para aparcamento de autocaravanas, seja pela disponibilidade de espaço, bem como pela sua localização, é no canal de S. Roque. O Portal AuToCaRaVaNiStA registou as imagens em 2012, da qual fazemos aqui uma retrospectividade das festas. Este ano 2013, a atração musical são "Os Deolinda".
As Festas de S. Gonçalinho, tem uma história e uma tradição bastante marcada na povoação, principalmente a piscatória. A sua principal atracão de culto religioso, é o arremesso de cavacas (doce tradicional feito à base de farinha ovos e açúcar) lançadas do cimo da igreja, e que consiste na devoção das pessoas ao santo, pela concretização das suas preces, os quais retribuem comprando um saco bastante grande de cavacas, para arremessarem para as pessoas, que em baixo tentam apanhar as cavacas de várias formas, tudo serve, desde chapéus de chuva, até a cestos de rede colocados em grandes varas, mais habilidade será apanhar as cavacas voadoras com as mãos.


       HISTÓRIA:



A Festa de São Gonçalo é uma celebração religiosa realizada em Aveiro, onde o Beato é carinhosamente tratado pelo diminutivo “Gonçalinho”. A celebração decorre actualmente ao longo de cinco dias, centrando-se no dia 10 de Janeiro, dia do falecimento do santo. A festa, celebrada no bairro da Beira-mar, inclui rituais de socialização na capela de S. Gonçalo e nos espaços adjacentes, dos quais se destacam as ofertas votivas, nomeadamente arremesso de cavacas, fogo de artifício sobre um dos canais da ria, bailes populares e concertos, romaria pelas ruas estreitas deste bairro e outras manifestações, como a chamada “dança dos mancos”. A passagem de testemunho de cada Comissão de Festas para a do ano seguinte traduz a natureza reprodutiva da celebração e introduz um outro ponto alto na festividade com a entrega dos “ramos” aos novos mordomos.


A Comissão das Festas de São Gonçalinho, composta pelos mordomos, detém a responsabilidade de organizar a festa e velar pela sua preservação e das tradições culturais que lhes estão associadas. A Festa de São Gonçalinho, no bairro da Beira Mar em Aveiro, decorre durante cinco dias, com o seu ponto alto no fim-de-semana, ocasião para o maior número de arremessos do alto da capela como pagamento de promessas, ao mesmo tempo que bandas filarmónicas e artistas de música pop actuam em palco, normalmente montado nas imediações da capela, e (embora esporadicamente) se ateiam os madeiros para saltar a fogueira. Domingo é o dia mais nobre dos festejos, devidamente assinalado pelo fogo de artifício nocturno sobre os canais da ria. Este é também o dia em que são anunciados, pelo pároco da Vera Cruz, durante a Eucaristia, o nome dos mordomos da festa para o ano seguinte. Outro momento alto da celebração tem lugar na segunda-feira, com a passagem de testemunho da Comissão de Festas que se formaliza com o cortejo da entrega do ramo e com a “dança dos mancos”. Estes dois acontecimentos tanto podem ser encarados como uma espécie de desenlace dos momentos altos da celebração, como momentos de um outro ponto dramático, vivido não no círculo alargado dos visitantes, mas sim no círculo mais restrito da mordomia. O tempo diário da festa está organizado diferentemente ao longo das 24 horas. A manhã e o princípio da tarde são normalmente ocupados com a visita da população escolar, nomeadamente do pré-primário e do primeiro ciclo, à zona da capela. Sensivelmente a partir do meio da tarde, principiam os arremessos das cavacas, que prosseguem pelo menos até à meia-noite. Ao mesmo tempo, actuam as bandas filarmónicas e outros artistas convidados. Todos estes acontecimentos ocorrem no espaço característico do bairro da Beira-mar, onde a Capela de S. Gonçalinho está edificada, sendo a sua construção do início do século XVIII. À semelhança de outras festividades tradicionais portuguesas, à centralidade da capela há que acrescentar as zonas imediatamente vizinhas, nomeadamente, e em primeiro lugar, o largo do mesmo nome e, num segundo passo, a Rua de Antónia Rodrigues, o largo da Praça do Peixe e o cais dos botirões. Em terceiro, deve ser considerado o conjunto de ruas e travessas da freguesia da Vera Cruz, que podem ser percorridas festivamente em diferentes combinações consoante os anos. Com efeito, durante o cortejo da entrega de ramos, em que tem lugar a mencionada passagem de testemunho aos novos mordomos, a intensidade festiva abandona temporariamente a zona da capela e transfere-se para esse percurso deambulatório, desenhado em função das habitações dos novos mordomos. Esta celebração da entrega de ramos é acompanhada por uma pequena banda filarmónica, que toca marchas, encabeçada pelos dirigentes da Comissão de Festas e pelos portadores dos ramos, seguindo pelas ruas do bairro. As portas das casas dos novos mordomos devem estar abertas para que os mordomos antigos e os ramos possam entrar. Mas há ainda que voltar à centralidade da capela, para retomar um outro eixo de análise espacial. A subida à cúpula da capela, para cumprimento de promessas, constitui a experiência do plano vertical, que se pode traduzir numa nova relação entre o alto e o baixo. Ao subir a escada em caracol da capela, e ao chegar ao estreito terraço que corre a toda a volta, o devoto passa do mundo terreno ao mundo celeste. Não é difícil imaginar que, até há bem pouco tempo, o olhar se poderia espraiar livremente acima do casario, apropriando-se do espaço inteiro da cidade, dos canais da ria e das marinhas de sal. Mas essa subida à cúpula tem, apesar de tudo, uma outra característica fundamental: é que, além do movimento dos olhos, o devoto tem a obrigação do movimento das mãos e dos braços. Ou seja, ele é pagador de promessa. Esta promessa é esta cumprida em cavacas, pães duros em forma de palmeta, cobertos de calda de açúcar branco. Não se trata de lançar o saco inteiro da promessa, mas sim de lançar as cavacas, uma a uma, sublinhando com o gesto aquilo que os olhos procuram. Estes arremessos, anunciados pelo repique da sineta, resultam do cumprimento de promessas. Do alto, o “pagador” entrega as cavacas ao Santo, lançando-as paradoxalmente para baixo, escolhendo simbolicamente os “humildes” que se empurram no largo. É localmente considerado “de tradição” que as cavacas que caem ao chão são abençoadas pelo Santo. Mesmo quando se pretende escolher a quem entregar as cavacas, tal gesto, se apalavrado previamente, ficará sempre às vicissitudes da sorte, ou aos desígnios do Santo, que pode fazer com que a “doação” se desintegre no empedrado do largo ou no alcatrão da rua, como tantas vezes sucede, enchendo o chão de uma poalha esbranquiçada, ou que acabe numa naça de pesca espertamente manipulada, ou num guarda-chuva invertido ou, finalmente, nas mãos de um hábil vizinho. A diferenciação de papéis entre quem está no cimo da capela e em baixo não é clara, desde logo porque o pagador, de volta ao terreno do largo, se torna rapidamente aquele que procura pescar a cavaca, e este, galgada a escadaria em caracol, sob a protecção dos mordomos, ganha a condição de pagador. Uns e outros são devotos e esta condição é talvez a mais importante. A festa de S. Gonçalinho é proverbialmente considerada uma celebração igualitária, que não distingue o rico do pobre, e que tem como base social a comunidade beiramarense, dos “cagaréus”, tradicionalmente constituída pelos ofícios ligados à pesca e à extracção do sal, hoje tendencialmente substituídos por profissões do sector terciário. E há também a presença dos emigrantes (mesmo que não necessariamente física), já registada em 1935 por José Tavares, nos seguintes termos: “É tão forte a crença nas virtudes de “S. Gonçalinho”, que nenhum “americano”, ao emigrar para a América, deixa de levar consigo a litografia do Santo, e é raro que algum deles se esqueça de enviar, lá de longe, para a festa, qualquer importância em dolas (dólares)” (Tavares 1935: 130). Também o “juiz”, Manuel Pacheco, que presidiu à Comissão das Festas em 2007 e 2008, testemunhou a participação dos emigrantes, nomeadamente da comunidade instalada em Newark, em Boston e em outros locais do leste dos Estados Unidos da América, nas obras de benfeitoria realizadas no templo. Muitos devotos formam fila esperando arremessar, lá de cima, os quilos de cavacas sobre a assistência que vai crescendo no largo à medida que o sol se põe. Nos dias de maior intensidade, são os mordomos, envergando o gabão de Aveiro, que orientam o acesso dos pagadores de promessa ao terraço na cúpula da capela. Desde que os mordomos assumem o compromisso da organização da festa, em Janeiro, reúnem-se uma vez por semana até Setembro, mês no qual começam os peditórios de rua para o envolvimento de toda a comunidade. De Setembro até aos festejos de Janeiro marcam-se reuniões regulares, de forma a que tudo seja tratado convenientemente e não haja falhas nem faltas. O peditório de rua tem os seus percursos citadinos, alcançando os arredores da cidade, em caminhadas que durarão em média quatro horas por semana. O resultado do peditório, somado com outros donativos particulares, corresponderam em 2006 e 2007, a cerca de 27 e 30% das receitas obtidas, estas orçamentadas em cerca de sessenta mil euros, importância indispensável à organização do arraial, aos gastos com o fogo de artifício, ao pagamento de licenças e cauções e a outras despesas miúdas. Há que referir que os mordomos não recebem qualquer contrapartida financeira pelo seu serviço, sendo que as únicas refeições pagas pelo orçamento geral são o almoço de Segunda-feira com o pároco e o almoço ou jantar da passagem de testemunho aos novos mordomos. No caso das mordomas, são elas que tratam de alindar com flores os altares da capela, tarefa na qual colocam o seu gosto estético e sensibilidade, cumprindo uma função muito apreciada por todos os que visitam o S. Gonçalinho nos dias de festa. Sublinha Manuel Pacheco que: “o processo das mordomas de altar, tanto quanto me foi dado observar, tem passado de mães para filhas, sendo em número incontável por todas se considerarem mordomas sempre, desde que realizam aquela função pela primeira vez, ao contrário dos homens, cuja função se extingue no final de cada comissão de festas” (Entrevista a Manuel Pacheco, 2008). As despesas com o alindamento da capela são atenuadas pela recolha das ofertas em dinheiro da Eucaristia de celebração da festa dominical, podendo acontecer que o diferencial seja posto do bolso de cada uma das mordomas, já que os arranjos de flores ascendem a muitas centenas de euros. Entre as flores reconhecem-se também outras promessas de outros penitentes: ex-votos em cera de pernas e braços. Durante o período da festa, as mulheres da Beira-mar visitam a capela mais do que uma vez, demorando-se entre conversas livres, orações e cânticos religiosos. Inspirado por tais presenças, o poeta aveirense Amadeu de Sousa, já falecido, escreveria entre outras quadras, esta levemente picante: “Toda a mulher casadoira / Vai morar à capelinha. / Tempo demais na salmoira, / Deteriora-se a sardinha...” (Sousa 1989: 15). O anedotário faz da velha o alvo, mas esta velha tanto simboliza o ano invernoso que há-de findar, quanto a promessa da renovação sazonal. O interior do templo transforma-se, pois, em lugar de convívio e de cânticos religiosos subitamente interrompidos por músicas com letras profanas dedicadas ao Santo. A canção do “Cortejo de oferendas a S. Gonçalinho” eleva-se recorrentemente. Ao cair da noite de segunda-feira toma-se um hino audacioso, quando os mordomos juntam as suas vozes graves aos agudos femininos, gesticulando em direcção à imagem do Santo, antes da saída dos ramos. O refrão desta canção reza o seguinte: Neste dia de festança / Pr'a ti vai nosso carinho / Hás-de ir connosco na dança / Ó rico S. Gonçalinho / Hás-de saltar as fogueiras. / À noite no arraial / Dançar com velhas gaiteiras / Uma dança divinal. Em certas ocasiões mais animadas, uma senhora pode desafiar um vizinho para bailaricar no largo ou numa das ruas defronte. Tal manobra toma-se particularmente comum durante o cortejo da saída dos ramos já referida. As fogueiras de Inverno, as velhas rapioqueiras e o alvoroço dos afectos revelam a faceta namoradeira do Santo, que representa aqui um papel análogo ao de Sto. António, o santo casamenteiro celebrado em Junho, especialmente a sul do Mondego; e, como este, o culto gonçalense tem vindo a actualizar-se. A par das celebrações descritas, dezenas e dezenas de vizinhos aglomeram-se no interior da capela aguardando esse momento especial, raramente nomeado, mas certamente desejado, que é a “dança dos mancos”.
Fonte: http://www.matrizpci.imc-ip.pt

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