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SANTA TECLA - MOGEGE - FAMALICÃO - BRAGA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Mogege é uma Freguesia Portuguesa da Vila de Famalicão, atualmente com 49 Freguesias, e pertencente ao Distrito de Braga.

Qualquer confusão com o nome Santa Tecla de Espanha é pura coincidencia. Nós também temos cá em Portugal uma Santa Tecla, que dá o seu nome à Capela situada no monte com o mesmo nome.



         HISTÓRIA:
Povoado Fortificado
Castro de Santa Tecla
O castro ocupa os dois cabeços que formam o monte de Sta Tecla, num dos quais se situa a capela dedicada a esta santa. Os limites e estruturas características desta estação estão mal definidas topográficamente. Não são visíveis estruturas defensivas que articulem as duas elevações, o que poderá apontar para dois momentos de ocupação diferenciados. A estrutura mais visível é a muralha que circunda o cabeço do Monte Castro, restando, contudo, dúvidas se não corresponderá esta muralha à época medieval. A abertura de um caminho, junto à capela, pôs a descoberto cerâmicas castrejas e fragmentos de ânfora romana.
Acessos:
Estrada Nacional nº 206 (Famalicão - Guimarães). Entre o km 31-32, na "rotunda de Joane", seguir pela V.I.M. até Mogege. Em Mogege seguir a Estrada Municipal nº 574-2 em direcção a Pedome. Cerca de 2 km depois encontramos uma estrada em paralelo que nos leva ao alto de S. Tecla.
Cronologia:
Idade do Ferro | Séc. II a.C. - séc. II d.C.
Disposições legais:
Plano Director Municipal | Carta do Património | 1992 | Qualquer trabalho de remoção do subsolo, mesmo o plantio de árvores por meio manuais ou mecânicos, deverá ser cuidadosamente acompanhado por técnicos de arqueologia. Para tal deverá ser contactado o Gabinete de Arqueologia para que sejam tomadas providências nesse sentido.
É muito bonita em termos paisagísticos, a Freguesia de Mogege, no Extremo leste do Concelho de Vila Nova de Famalicão, quase no limite com Guimarães. já nos finais do século XIX, dizia dela José Augusto Vieira: «A altura em que nos achamos, a deveras encantador e desafoga o espírito dos horisontes curtos, em que veio ate ahi encurralado».
Poético, o texto de José Augusto Vieira, tanto quanto a própria paisagem de Mogege. Que dizer, por exemplo, de todo o enquadramento que constitui o Largo da Igreja?
Deslisa o Ave la em Baixo sereno como um arroyo, e as planícies de Gondar e de Ronfe estendem¬se allegremente até às montanhas, que emmolduram ao fundo o largo quadro em uma cercadura violacea.»
Não se conhecem datas concretas relativamente ao povoamento inicial de Mogege, mas o castro existente nos limites de Freguesia, já em Oliveira de Santa Maria, o Castro de Santa Tecla - antigo povoado que ainda não foi explorado - atesta a sue precoce fundação.
A antiga freguesia de Santa Marinha de Mogege aparece, pela primeira vez, citada num documento do ano 1059 no Livro de D. Mumadona, sob a forma de "Mazegio", evoluindo nas inquirições de D. Afonso III, em 1258, para Sancte Marine de Mogege e depois para Santa Maria de Mozegi (1290), Sancta Marina de Mozegi (1320), Sancta Maria de Magazii (1371) e Santa Marinha de Mogege (1440), até à forma actual em 1528. 
É possível que Mogege tenha derivado do nome árabe Muçay, o que corresponde ao hebraico Moisés e nos transporta para o período de ocupação árabe (séculos VIII e IX). O nome Mogege está também ligado ao nome germânico Amalgiso, referindo-se neste caso ao período da ocupação goda (séculos V e VIII) ou neogoda (séculos IX e X). Em tempos remotos existia, em Mogege, a estrada que ligava Guimarães a Vila do Conde, passagem obrigatória para Famalicão ou Barcelos. Abundavam em volta dessa estrada, de modo constante, bandos de salteadores que, em 1818, chegaram a roubar a igreja de Mogege.Esta situação foi piorando, principalmente com a guerra civil de 1832-34. ou seja, com os combatentes entre liberais e absolutistas. Por esta altura, Mogege, pertencia, ainda à, comarca de Barcelos, surgindo integrada na de Vila Nova de Famalicão em 1852. De referir também que esta freguesia foi vigararia do cabido da Sé de Braga, no termo de Barcelos, e tinha como rendimento 40 mil reis para o vigário e 100 mil para a Sé.
Existiram, em Mogege, vários marcos da casa de Bragança - um em Lousela, próximo da ponte, outro no lugar do Marco e talvez dois no lugar do Condado - não se sabendo, porém, o seu número exacto. Estes marcos, com as cinco quinas e a maiúscula B da casa de Bragança esculpidas, delimitavam as posses dos duques de Bragança. Um deles pode ainda ser visto no lugar de Carril.
Fonte: http://freg-mogege.pt


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ADAÚFE - BRAGA



Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Adaúfe é uma das 62 freguesias que compõem o Concelho de Braga que por sua vez é Capital de distrito. Adaúfe foi um importante pólo religioso com o seu Mosteiro de Adaúfe do qual nada resta para ver, e contava já no Séc. XI com 4 Igrejas, destaque para a Igreja Matriz do Passal da época do Românico. De salientar ainda a Praia Fluvial e a sua estrutura ambiental e paisagística, a estrada romana considerada património Nacional, etc.




             HISTÓRIA:
O seu povoamento remonta à época pré-romana. No Monte dos Vasconcelos, em Eiras, surgiram vestígios de um povoado da Idade do Bronze, datável de finais do 2.º milénio a. C.. As estruturas descobertas parecem corresponder aos alicerces e derrubes de um muro que rodearia a plataforma.

A Quinta do Avelar era uma «villa» Romana, na qual foram detectados vestígios de muros, um possível aqueduto, celeiros de barro, colunas e uma lápide. Foram ainda recolhidos fragmentos de cerâmica comum, nomeadamente de ânfora, dolium e terra sigillata hispânica, e de cerâmica de construção, nomeadamente tegulae.

A via medieval de Pedroso 2, da qual resta um caminho de terra batida, representa para alguns autores o traçado de via romana entre Braga e Chaves. Nesse local, existiu também um povoado da Idade do Ferro.• A instituição paroquial de Adaúfe é muito antiga. No século XI, já se contavam quatro igrejas na sua área. Recebeu carta de foral em 1258, passada por D. Afonso III quando estava em Coimbra.• Entre os séculos XVI e XIX, Adaúfe teve um grande senhorio, que se dedicou a uma exploração agrícola intensiva. De resto, a agricultura teve sempre fortes tradições na freguesia.

A sua ordenação heráldica, publicada em 25 de Fevereiro de 1997, é a seguinte: «Armas - Escudo de azul, cinco flores-de-lis de prata postas em cruz. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “ ADAÚFE – BRAGA».

Fonte: http://www.junta-adaufe.pt/



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SOURE - COIMBRA


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Soure é uma Vila Portuguesa pertencente ao distrito de Coimbra, confina a Norte com o Concelho de Montemor-o-Velho, a Nascente, os concelhos de Condeixa-a-Nova e Penela, a Sul, os concelhos de Pombal e Ansião, e a Oeste o Concelho de Figueira da Foz. Local calmo, para passar um tempo de lazer agradável convívio familiar ou com amigos. A zona está equipada com 3 estações de serviço, sendo que a água e a luz é a pagar, e pasme-se, não tem local para vazar as águas residuais. No que tem de exagero falta-lhe no essencial.
Perto do centro histórico e do seu Castelo em ruínas do qual resta pouco, tem na sua envolvencia paisagística, os jardins com uma grande área para desfrutar com a família, amigos, ou mesmo só com o fiel amigo.



             HISTÓRIA:

Vem de longe a importância deste Concelho, quer no contexto regional, quer mesmo nacional.
Com os dados disponíveis não é possível procurar um marco que assinale o início da ocupação humana neste território. Porém, os vestígios arqueológicos, sobretudo do período neolítico e romano, aliados às condições naturais que desde cedo atraíram a ocupação humana, indicam que este espaço foi ocupado desde tempos imemoriais.

O documento escrito mais antigo que se conhece e se refere a Soure data de 1043 assinalando a doação, ao Convento da Vacariça, de um mosteiro que aqui possuíam os irmãos João, Sisnando, Ordonho e Soleima.
Em Julho de 1111 o Conde D. Henrique e a rainha D. Teresa concederam foral à vila de Soure. Este importante documento estipulava um conjunto de previlégios fiscais com o objectivo de atrair e fixar as populações.

Na Idade Média, mais concretamente no período da reconquista Cristã, Soure assume um papel de importância estratégica vital. O seu castelo é, até à conquista de Lisboa, uma praça fortificada, incluída na cintura de edificações militares da defesa de Coimbra definitivamente conquistada em 1064, (juntamente com os castelos de Montemor-o-Velho, Penela, Santa Olaia, Germanelo, Miranda do Corvo e Lousã).
Em 1128 D. Teresa doa o Castelo de Soure à ordem dos Templários, doação que veio a ser confirmada por D. Afonso Henriques em 1129.

Com o decorrer dos tempos, a função militar foi desaparecendo e Soure passou a caracterizar-se, a partir da Idade Média, por uma região marcadamente rural dada a apetência agrícola dos seus terrenos enriquecidos pela água dos rios Anços, Arunca e Pranto.
O Castelo de Soure tinha uma situação estratégica privilegiada, dada a sua posição de ligação entre os castelos e rotas que atravessavam os territórios de Coimbra e Montemor-o-Velho e a sua proximidade com a confluência dos rios Anços e Arunca que lhe servia de fosso natural.

Em 13 de Fevereiro de 1513, el-rei D. Manuel outorgou um novo Foral à vila de Soure. As alterações administrativas, que ao longo dos tempos foram sendo feitas, determinaram que tivesse havido permutas de freguesias entre concelhos adjacentes, sobretudo com o de Montemor-o-Velho e os extintos de Verride e Santo Varão. A partir de finais do século XIX, o concelho de Soure manteve a mesma estrutura administrativa, agrupando as doze freguesias que hoje conhecemos.
Fonte: www.cm-soure.pt

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SANTO ANTÓNIO DA NEVE - COENTRAL - CASTANHEIRA DE PERA



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Santo António da Neve fica situado na Freguesia do Coentral, Concelho de Castanheira de Pera, Distrito de Coimbra, Portugal.
Santo António da Neve foi batizado assim desta forma devido aos neveiros que ali trabalhavam na recolha da neve, que durante o inverno recolhiam-na para os poços de armazenamento, para que no verão a nossa realeza pudesse saborear os bons gelados. Mordomias da nossa realeza, que ainda hoje perduram, mas agora com os nossos políticos republicanos.


Enfim! as moscas mudam, mas os gelados continuam a refrescar à mesma, isto para não dizer de outra forma. Esta visita integrada no passeio denominado de, "Operação Chanfana II" realizado em 18 de Maio, por mais estranho que pareça, o Santo António da Neve fez jus ao seu nome, e brindou o Grupo AuToCaRaVaNiStA com neve à chegada ao cimo da serra onde está implantada a capela dedicada ao Santo. Uma aventura no meio da serra para ficar na memória de todos quantos lá foram.




          HISTÓRIA:



A Capela
No antigo Cabeço do Pereiro ergue-se uma capela em honra de Santo António e porque foi mandada construir por Julião Pereira de Castro, neveiro-mor da casa Real, passou o local a designar-se por Santo António da Neve.
Esta capela tem a seguinte inscrição:
“Esta capela do glorioso Santo António de Lisboa a mandou fazer Julião Pereira de Castro reposteiro do nosso reino da câmara de sua Magestade e neveiro de sua Real casa em terra sua ano 1786.”
A licença do Bispo D. Miguel de Anunciação tem data de 6 de Maio de 1778 o que nos leva a concluir que demorou oito anos (1794) para ser benzida.
O Bispo concede licença porque Julião Pereira de Castro emprega muita gente na expedição da neve ocupando nessa tarefa os domingos e dias Santos e porque ir ouvir Missa à Igreja do Coentral era um incómodo considerável e não cumprir com os preceitos era gravíssimo prejuízo para as suas almas.
Esta capela andou nas mãos de particulares durante muitos anos até que em 1954 foi adquirida pela Câmara da Presidência do Dr. Marreca David e ficou pertença da Junta de Freguesia do Coentral.



Os Poços da Neve e o Ofício do Neveiro:


Segundo um trabalho do Dr. Herlander Machado, os poços da neve são seguramente mais antigos do que a capela. Admite-se mesmo que sejam muito anteriores a Julião Pereira de Castro no ofício de que só há notícia devidamente documentada a partir de 1757 em alvará de D. José também assinado pelo Marquês de Pombal.
Dos sete poços construídos somente restam três que pela sua raridade foram considerados imóveis de interesse público.
Estes três poços de construção tosca são redondos no seu interior; todavia dois são octogonais no seu exterior e um é circular. Estão cobertos por abóbadas de pedra em forma de sino achatado e todo o conjunto foi edificado com a pedra negra da região. Cada poço tem uma só porta, estreita, virada para nascente, como para evitar que, quando o Sol é mais forte, possa entrar pela estreita porta e derreter a neve ali guardada.



Utilizando escadas de mão, feitas em tosca madeira, os homens desciam ao fundo destes poços – que então tinham uma profundidade superior a uma dezena de metros – e à medida que neles iam sendo despejadas as cestas com neve iam calcando esta com pesados maços de madeira que empunhavam vigorosamente, à maneira dos calceteiros de hoje.
Empedernida, isolada entre os paredões alisados pelo estuque, coberta depois de palha e fetos, a neve conservava-se nesses amplos reservatórios, até ao Verão – sem que uma réstia de Sol lhe pudesse chegar.

Quando chegava o tempo quente, a neve era cortada e seguia em grandes blocos para Lisboa. O transporte era feito, numa primeira etapa, em ronceiros carros de bois. Apenas três ou quatro desses grandes blocos podiam ser carregados nessas robustas carroças e eram cuidadosamente envolvidos em palha, em fetos, mesmo em serapilheiras ou, ainda, metidos em caixotes.



Mas, mesmo assim, diz o testemunho oral que muita neve se perdia pelo caminho percorrido através dos tortuosos carreiros da serra, quase penosamente.
Em Miranda do Corvo fazia-se a primeira muda dos animais e depois os carros partiam para Constância onde, da via terrestre, se passava para a via fluvial até ao Terreiro do Paço onde eram feitos saborosos gelados para o Rei e sua corte, tão saborosos que os Lisboetas os procuravam no Martinho da Arcada e outros cafés.

in Monografia do Concelho de Castanheira de Pera
Fonte: http://www.cm-castanheiradepera.pt/


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SANTUÁRIO DO SENHOR DA SERRA - SEMIDE - MIRANDA DO CORVO



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Semide é uma Freguesia Portuguesa, pertencente ao Concelho de Miranda do Corvo, Distrito de Coimbra, Região Centro, e sub Região do Pinhal Interior Norte. Este importante Santuário do Senhor da serra, ergue-se bem lá no alto, de onde se tem belas vistas no seu horizonte, com a serra da Lousã ali tão perto. Semide tem um rico e vasto património Religioso, um pouco espalhado por toda a Freguesia.




Santuário do Senhor da Serra - Semide:
O crescimento dos peregrinos foi notável a partir de 1793. A região centro do país teve no Senhor da Serra, desde o século XVII, até que Fátima se impôs pelas aparições da Virgem Mãe de Deus, o seu maior Santuário. Desde o Vouga ao Mondego, ao Liz; no interior, numa região transbordando para além das serras da Lousã e do Buçaco, atingindo os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital e da Mealhada, não há aldeia ou vila, donde em Agosto (14-21), não tenham vindo peregrinos ao Senhor da Serra, para agradecer um pedido feito em horas de aflição: o salvamento de um pescador, a cura de uma pessoa de família de uma doença grave, livrar um rapaz da tropa etc.
Os peregrinos vinham em grupos ou em ranchos, facilmente identificáveis pelos trajes e costumes. Os da Beira Mar contrastando com os da Beira Interior, os da estremadura com as gentes da Gafanha. Muitos vinham a pé desde as suas terras. E depois era vê-los subir como carreiros de formigas pelos lados de Ceira, de Miranda, da Trémoa, de Semide e outras partes, subindo sempre, porque o Senhor da Serra ficava lá no alto e era necessário lá chegar para cumprir a promessa.
Em finais do século XVII já havia peregrinos que se demoravam no Santuário do Senhor da Serra alguns dias, foi por isso necessário proceder a ampliações da capela original e construir as hospedarias.

     A CAPELA ACTUAL
A capela actual é um edifício que não se pode classificar de um só estilo, mas de vários, segundo o autor da planta, já que a torre dá a impressão de um gótico flamejante, mas os capitéis e outros elementos são do estilo românico.
Lá dentro podemos apreciar o altar mor dourado que foi executado pelos alunos da antiga Escola Industrial Brotero em Coimbra sob orientação de João Machado, tal como os belíssimos vitrais, estes sob a direcção do prof. Lapierre, e os azulejos que revestem as paredes e que representam cenas da vida de Jesus, e que foram executados sob orientação do prof. António Augusto Gonçalves.
Os altares laterais que vieram da Capela da Misericórdia de Coimbra.
A pintura do Tecto que é obra do pintor Eliseu de Coimbra.
O púlpito de pau preto, artisticamente trabalhado, obra do séc. XVII e que veio da Sé Velha de Coimbra.
A torre, para a qual se sobe por uma escada em caracol que vai desde a porta da entrada principal passando pelo coro até ao ponto mais alto, de onde se podem disfrutar excelentes vistas sobre a povoação e região envolvente.
Cá fora existe uma capelinha com uma imagem do Senhor Crucificado, da autoria de António Augusto Gonçalves e um Lavabo da autoria de João Machado que são também dignos de atenção.

Actualmente é capelão do Santuário do Senhor da Serra, o Padre António Pedro dos Santos, que tem vindo a enveredar esforços para que o Santuário do Senhor da Serra retome a fama que teve em tempos não muito remotos, de Santuário de grande piedade e manifestação pública de fé.
As romarias dos últimos anos são a prova de que se está a caminhar para esse objectivo.
Fonte: http://www.freguesiadesemide.eu

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MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE SEMIDE - MIRANDA DO CORVO



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O Mosteiro de Santa Maria de Semide que sofreu ao longo dos tempos várias vicissitudes e catástrofes na base de vários incêndios que destruíram praticamente todo o Mosteiro, bem como o seu valioso espolio religioso e não só. O acesso ao Mosteiro é um pouco sinuoso, mas chegados lá acima tem um grande largo para estacionar. A igreja estava também ela fechada, mas com um pouco de sorte lá vamos abrindo estes monumentos religiosos para visita, e apreciar as riquezas do seu interior.

             HISTÓRIA:
Mosteiro de Santa Maria de Semide:
O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, localizado em Miranda do Corvo foi fundado em 1154 por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde tornou-se num convento de freiras para receber as descendentes do seu fundador.
A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em 1697. 

Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo sido devorada a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia.
Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recentemente recuperado.
Actualmente o mosteiro alberga o CEARTE, escola de formação profissional e um lar de jovens da Cáritas.


Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta freguesia tem para oferecer, o Mosteiro de Santa Maria de Semide, o Santuário do Divino Senhor da Serra, a Igreja Matriz e a Misericórdia de Semide.
Do opulento Mosteiro de Santa Maria de Semide, já pouco resta actualmente. A parte mais antiga que resiste as vicissitudes dos tempos é o claustro, datado da década de quarenta do século XVI. O incêndio de 1664 devorou a maior parte do edifício, que foi reconstruído e inaugurado, com a nova Igreja, em 1697.

Encerrado aquando da extinção das Ordens Religiosas, ai se instalou a Escola Profissional de Agricultura, sob a alçada da então Junta Distrital, por iniciativa de Bissaya Barreto.
Um novo incêndio, em 1964, queimou toda a ala poente do edifício.
A parte do claustro velho, a cãs do Capitulo, a sacristia e uma sala contigua onde se encontravam algumas imagens, alfaias religiosas, livros e documentos que não puderam ser retirados, foram também recentemente destruídas por outro incêndio, que deflagrou em 16 de Agosto de 1990.
Do que ainda resta, salienta-se a Igreja com retábulo e cadeiral em madeira, de finais do século XVII, algumas esculturas dos séculos XVII e XVII e o altar-mor, também datado do século XVII. O órgão de tubos, por outro lado, é uma bela peça de século XVIII.
Pela sua antiguidade, o Mosteiro de Semide, erigido no século XI, é considerado o monumento edificado mais importante de todo o Município.
O Santuário do senhor da Serra, no monte com o mesmo nome, é dedicado ao Santo Cristo, cuja devoção teve inicio num vulgar cruzeiro de caminho que, a pouco, se transformou na romaria que hoje o caracteriza.
A Capela é um edifício de uma só nave, cuja torre se levanta a meio da frontaria, rasgando-se na base o portal, que remata em pirâmide. A capela-mor poligonal é de tipo nitidamente romântico. O retábulo principal em madeira, flamejante, foi inspirado no da Sé Velha de Coimbra, desenhado por António Augusto Gonçalves e executado segundo a direcção de João Machado (pai).
Os retábulos colaterais pertencem a demolida Igreja da Misericórdia de Coimbra, sofrendo algumas adaptações, são construídos por colunas torcidas, datada do século XVIII.
A Imagem do Santo Cristo é um crucifixo em pedra, tipo setecentista, que mostra na base as inscrições seguintes: “1704 e R(eforma) do 1862”. O púlpito, seisecentista, é criundo da Sé Velha. Os vitrais e azulejos exteriores (ex-votos), por sua vez, foram executados na Escola de Avelar Botero, de Coimbra.
Fonte: Junta de Freguesia de Semide

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OPERAÇÃO CHANFANA II - MIRANDA DO CORVO

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Pela segunda vez o Grupo AuToCaRaVaNiStA visitou a Capital da Chanfana, para degustar uma vez mais, esta maravilha da gastronomia Portuguesa. Desta feita o local escolhido para o repasto foi o Restaurante Parreirinha, bem no centro de Miranda do Corvo. Convívio de Confraternização do Grupo AuToCaRaVaNiStA de eleição, que normalmente são os membros da nossa muito estimada Confraria da Panela de Ferro. Por imposição de alguns contratempos pessoais, não pudemos reunir toda a gente, mas mesmo assim totalizamos 40 pessoas sentadas à mesa, para saborear ao jantar este excecional repasto que foi a chanfana. Para que fique registado, foi aos 18 de Maio de 2013, pelas 19h30, no Restaurante Parreirinha.


                           HISTÓRIA:
A gastronomia principal está ligada à criação de cabras que nestas pastagens de montanha encontram o local ideal para se desenvolverem. Assim os principais pratos feitos à base de carne de cabra são: Chanfana; Negalhos; Chispe e Sopa de Casamento.
A Chanfana teria surgido no Mosteiro de Santa Maria em Semide, instituição religiosa pertencente actualmente à nossa freguesia de Semide, generalizando-se o seu consumo após a 3ª Invasão Francesa, apoiada numa região com tradição na produção vinícola e com uma indústria de transformação de barro ancestral.
Até finais do séc. XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam com cabras e ovelhas. Os foreiros libertavam-se dos animais mais velhos que já não lhes davam leite nem se reproduziam. Ora, como as freiras não tinham disponibilidade nem meios para manter tão grande rebanho, descobriram uma fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros, o louro que tinham na sua quinta, bem como os alhos e demais ingredientes.

Surge, assim, a Chanfana que era religiosamente guardada, ao longo do ano, nas caves frescas do mosteiro. A carne assada no vinho mantinha-se no molho gorduroso solidificado, durante largos meses. É inegável, em termos históricos, a contribuição das ordens religiosos no aparecimento de muita da nossa gastronomia. Basta lembrarmo-nos da doçaria conventual. O vinho tinto utilizado era de grande qualidade, pois só assim a carne ficaria mais tenra. Não se pode deixar de associar a utilização deste líquido ao facto do concelho de Miranda do Corvo, nomeadamente a freguesia de Lamas, onde o Mosteiro possuía inúmeros coutos, ser conhecida pela qualidade do seu vinho tinto “carrascão”, ainda hoje produzido em abundância.
Durante a terceira Invasão Francesa, as freiras terão divulgado esta fórmula gastronómica, devido a necessidades imperiosas da própria conjuntura histórica, concretamente, para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região. Diz-se, então, que quando as tropas francesas circularam pela região de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas, como era necessário cozinhar a carne habitualmente consumida, utilizou-se o vinho da região. A Chanfana é um prato típico do concelho de Miranda do Corvo, de onde cremos ser originária, que se expandiu praticamente por toda a região centro onde adquiriu várias nuances. É muito apreciada e servida em quase todos os restaurantes do nosso concelho. De salientar que constitui o prato «obrigatório» quando decorrem as festas religiosas em todos os lugares da Freguesia de Semide, e é ainda hoje imprescindível na ementa dos casamentos, sendo como tal também chamada “Carne de Casamento”.
Assim a gastronomia característica da freguesia de Semide nasce com o modo de vida e criatividade das monjas do Mosteiro de Santa Maria de Semide, importante núcleo religioso e administrativo; no contexto político, social e económico da 3ª Invasão Francesa; condicionada pela presença de um complexo industrial de oleiros do barro vermelho e uma boa produção vinícola. Numa época em que as dificuldades económicas prevaleciam na maior parte da população, tudo tinha de ser minuciosamente aproveitado. Assim, com a carne temos a Chanfana; com o molho e as sobras, a Sopa de Casamento; com as peles (depois de limpas e secas ao sol) faziam-se os “foles” para levar os cereais aos moinhos e o azeite às feiras. Consta que também os Negalhos remontem a esse difícil período da época da terceira Invasão Francesa, em que as necessidades de sobrevivência e de miséria se acentuaram ainda mais.
Estando a rarear a carne, porque os invasores franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais cuja carne – preciosa e agora rara - utilizava na sua alimentação. Experimentaram, então, cozinhar as tripas segundo a receita da Chanfana e terá dado resultado. Há um factor extremamente importante para o sucesso destes pratos, que se prende com as condições de cozedura. Tanto a Chanfana, como os Negalhos são cozinhados em caçoilas de barro tapadas com folhas de couve. Neste concelho desenvolveu-se uma indústria artesanal de olaria de barro vermelho de que há notícias, pelo menos, desde o séc. XVI. O forno de lenha, elemento fundamental na cozedura da broa, é previamente aquecido e, depois de fechada a boca, deve ser vedado com barro. Como estes pratos apenas são consumidos no dia seguinte, devem ser mantidos no forno até à hora de serem servidos. Nessa altura o barro é picado para abrir a porta e a caçoila é retirada e colocada sobre as trempes junto à lareira para aquecer lentamente. Comia-se carne apenas em épocas especiais – festas, casamentos - e os legumes plantados em pequenas hortas, a par do pão, foram, desde sempre, os alimentos de maior consumo pela população portuguesa. Como tal o aproveitamento de um produto tão precioso como a carne tinha que ser total, evitando todo e qualquer desperdício.
Assim, comida a Chanfana, com o molho faz-se a “Sopa de Casamento”. Era tradição dar aos convidados o almoço no dia seguinte ao casamento, e como já não havia carne suficiente, com o molho fazia-se a dita sopa e enfeitava-se com os restantes pedaços de carne. Trata-se de um aproveitamento óptimo do molho da chanfana, que nunca é totalmente consumido. Como é muito saboroso e rico, não só em gordura mas também nos sucos de carne, seria uma pena desperdiçá-lo. Tal como a Chanfana, este prato é cozinhado em recipiente de barro vermelho para depois ir ao forno apurar. A Sopa de Casamento acaba por ser o fechar do ciclo de aproveitamento da cabra.
Chanfana
Segundo a lenda, a chanfana terá surgido no Mosteiro de Semide. Até ao final do século XIX, todos os agricultores eram obrigados ao pagamento de foros. O mosteiro de Semide era quem recebia os foros dos moradores do seu couto. Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam as suas «rendas» com cabras e ovelhas.
Como as freiras não tinham possibilidade de manter tão grande rebanho, descobriram esta fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando também o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros, o louro, que tinham na quinta, bem como os alhos e demais ingredientes. Surge, assim a chanfana que era religiosamente guardada ao longo do ano nas caves do convento.
Adaptado de “Gastronomia – Miranda do Corvo” de Mª Teresa Osório e Mª Helena Duarte



      CHANFANA:


Ingredientes por caçoilo:
1, 5 kg de carne de cabra, 2 ou 3 cabeças de alho, 1 colher de sopa de colorau, cravinho, 2, ou 3 folhas de louro, sal q.b., 1 a 1,5 l de vinho tinto.
Corta-se a carne em postas. No caçoilo colocam-se as cabeças de alho limpas e as folhas de louro. Em seguida, coloca-se a carne, o colorau, o cravinho e o sal. Por fim, cobre-se tudo com o vinho tinto e com algumas gorduras da cabra.
Aquece-se o forno bem quente (normalmente é o forno da broa). Deixam-se ficar as brasas que vão servir para manter a temperatura e introduzem-se os caçoilos e «esquece-se» até o forno esfriar, o que leva cerca de 3 horas. A entrada do forno é barrada com cinza ou farinha para manter o calor. Ao fim deste tempo, tiram-se os caçoilos, rectificando de sal, se for necessário.
Serve-se no caçoilo em que cozeu, com batatas cozidas e com os famosos grelos do Senhor da Serra.
Este prato é rigorosamente obrigatório em todas as festas e bodas desta região. Nunca deverá ser feito no dia em que é servido, mas na véspera ou antevéspera, aquecendo-se muito bem antes de servir.


SOPA DE CASAMENTO:


Trata-se de um aproveitamento óptimo do molho da Chanfana, que nunca é totalmente consumido. Como é muito saboroso e rico não só em gordura mas também nos sucos de carne, seria pena desperdiçá-lo.
Confecção:
Cozem-se as couves, preferência lombarda ou troncha.
Numa caçoila de barro dispõe-se uma camada de couves cozidas, uma camada de pão em fatias e assim sucessivamente até acabar com as couves. Deita-se por cima o molho, aquecido, da chanfana. Vai ao forno quente para apurar e tostar um pouco.
            

             NEGALHOS:

Consta que a origem dos negalhos remonta à época da terceira invasão francesa. Estando a rarear a carne porque os franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais, cuja carne utilizava habitualmente na sua alimentação.
Experimentaram, então, cozinhar as tripas segundo a receita da chanfana e deu resultado.
Ingredientes:
Bucho de cabra cortado aos bocados grandes
Tripas de cabra cortadas em bocados grandes
Vinho tinto
Cabeças de alho inteira
Hortelã
Sal
Colorau
Louro
Piripiri
Água
Confecção:
Lavam-se muito bem as tripas e o bucho e deixam-se ficar com limão e sal durante algumas horas. Temperam-se depois com sal, colorau e piripiri.
Dentro de cada bocado de bucho colocam-se bocadinhos de tripas e de toucinho e uma folha de hortelã, fazendo-se uma “bola” que se cose com linha.
Deitam-se as bolas numa caçoila de barro preto com vinho tinto. Junta-se toucinho de porco cortado aos bocados e tempera-se, a gosto, com louro, colorau e cabeças de alho inteiras esmagadas.
Leva-se a caçoila ao forno de lenha bem quente. A porta do forno deve ser vedada com barro, como para a chanfana. Também como para a chanfana, os negalhos ficam no forno até ao dia seguinte e, antes de os servir, com batata cozida, aquecem-se à lareira.


           ARROZ DOCE:

O arroz-doce é uma sobremesa obrigatória nas bodas de baptizado e de casamento.
É ainda hoje usado nesta região como participação de casamento e pretexto para apresentação do noivo. As raparigas do povo, juntamente com a mãe e o noivo, visitam as famílias que conhecem e que não foram convidadas para o casamento, oferecendo uma travessa de arroz-doce, transportada numa cesta e coberta com um pano de linho feito nos teares manuais. Ao fazerem a devolução das travessas, entregavam também os seus presentes de casamento.
Ingredientes: 
250 grs de arroz
1 Litro de leite
300grs de açúcar
1 Limão
Canela em pó
Confecção
Coze-se o arroz em água com umas pedrinhas de sal.
Coloca-se o leite ao lume com o açúcar e a casca de limão cortada fininha e, logo que o arroz esteja a meio da cozedura, deita-se sobre ele o leite, que também deve estar a ferver.
Deixa-se cozer bem e serve-se em travessas polvilhado de canela

NABADA: (Doce conventual de Semide)

1 Kg de nabos;
cerca de 500 g de açúcar;
50 g de amêndoas;
sal.
Escolhem-se nabos muito bons e doces.
Descascam-se, cortam-se às rodelas e cozem-se em água ligeiramente temperada com sal. Escorrem-se e colocam-se as rodelas de nabo em água fria durante quarto dias, renovando a água diariamente. A esta operação dá-se o nome de corar. Escorrem-se os nabos, espremem-se muito bem num pano e pisam-se num almofariz, tendo o cuidado de retirar os fios e algumas pontas mais duras dos nabos. Pesa-se o puré dos nabos e toma-se igual porção de açúcar. Regra geral, 1 kg de nabos dá 500 g de puré. Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até fazer ponto de cabelo. Nesta altura, juntam-se o puré de nabos e as amêndoas previamente peladas e raladas. Deixa-se o doce ferver como se fosse marmelada, isto é, até se ver o fundo do tacho, tendo o cuidado de mexer constantemente. Guarda-se em tigelas cobertas com papel vegetal, passado por aguardente.
Nota: A operação de «corar» pode ser efectuada, sem prejuízo, no frigorífico.

SÚPLICAS:  (Doce conventual de Semide)

4 Ovos inteiros + 8 gemas;
400 g de açúcar;
500 g de farinhas;
1 Colher de sopa de canela;
Raspa de um limão grande
Batem-se os ovos inteiros e as gemas com o açúcar até estar bem branco.
Junta-se a canela, a raspa do limão e a farinha. Mistura-se tudo muito bem e cozem-se as súplicas no forno em forminhas de queques untadas e polvilhas com farinha.



   VINHOS DA REGIÃO:

 São néctares da região, os vinhos Maduros (branco e tinto) cultivados na Região, sendo os mais afamados o da localidade de Lamas.
Fonte: http://www.freguesiadesemide.eu                                                                                                                                              




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CHAVES - VILA REAL


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Chaves, uma cidade que já visitei várias vezes, porém é a primeira vez que lhe dedico uma reportagem fotográfica express. O estacionamento não é muito fácil, até porque interditaram em altura o parque na zona ribeirinha, e por isso não é muito abundante espaços para aparcar autocaravanas no centro da cidade. O local que encontramos foi na zona do Castelo. Um breve passeio pela zona Histórica, incluindo a degustação de um pastel de chaves a sair do forno.

HISTÓRIA: Castelo de Chaves


A primitiva ocupação humana desta região remonta à pré-história, conforme os testemunhos arqueológicos abundantes na zona.


Certamente refazendo o cenário a um castro pré-romano, à época da ocupação Romana na Península Ibérica, a actual cidade de Chaves foi um importante centro urbano, conforme testemunharam os vários vestígios arqueológicos.


A partir de 78 d.C. tornou-se sede de Município fundado por Tito Flávio Vespasiano, que a denominou Aquae Flaviae, em homenagem à excelência das águas termais em que a região é abundante.
Para unir as duas margens do rio, cortado pela estrada Romana que unia Bracara Augusta (actual cidade de Braga), e Asturica Augusta (actual Astorga, pertencente a Espanha), foi erguida a ponte de Trajano, datada do século I.
Fonte: http://www.historiadeportugal.info/

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BOTICAS - VILA REAL


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A bonita Vila de Boticas é sede de Concelho, e é constituída por 16 freguesias, pertence à denominada região de "Terras de Barroso", e é bastante conhecida e apreciada no mundo gastronómico pela sua carne Barrosã. Sempre que atravesso estas terras não há vez que não tire a prova a esta saborosa carne, que deve ser servida preferencialmente de corte alto, mal passado para que a carne rosada sobressaia, e apenas umas pitadas de sal no seu tempero, é quanto basta para uma degustação apaladada e intensa de uma das melhores carnes Portuguesas, a par de outras como a Mirandesa, ou Arouquesa. É aqui em Boticas que brota a famosa água mineral "Carvalhelhos".


             HISTÓRIA:

Com base nos Livros de Linhagens (Livro Velho 3), Título XXX.º, página 107; na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, página 313 do 4º volume; no Armorial Lusitano, página 88; e no Historial do Apelido de Família do CAPB, o apelido "Barroso", de raiz toponímica, teve a sua origem nas Terras de Barroso, em Trás-os-Montes. O primeiro que o usou, e que provinha da antiga linhagem dos Guedeões, retirou-o de uma torre no lugar de "Sipiões", naquela região, da qual foi Senhor.

Foi ele D. Egas Gomes Barroso, filho de D. Gomes Mendes Guedeão e de sua mulher D. Chamôa Mendes de Sousa, ambos tratados no Nobilário do Conde D. Pedro, filho de D. Dinis, onde se vê ainda ser neto de D. Gueda, o Velho.

Foi D. Egas rico-homem dos Reis D. Sancho II e D. Afonso III, tendo ido em 1247, durante o reinado deste último soberano, ao cerco de Sevilha, em auxílio do Rei D. Fernando, o Santo, de Castela. Dos dois filhos de D. Egas vêm duas distintas linhagens: a dos Bastos, descendentes de seu filho segundo, D. Gomes Viegas de Basto, e os Barroso, provenientes do casamento do primogénito Gonçalo Viegas Barroso com D. Maria Fernandes de Lima. Destes ficou vasta geração, a qual manteve o uso do apelido, muitas vezes até por linha feminina. Fixando-se na região de Braga e Barcelos vieram a ser Senhores e administradores de bons Vínculos e Morgados, como os das Quintas da Falperra, do Eixidio, de Oleiros, ou de S. Jorge, que tinha Capela em S. Francisco, no Porto. As armas usadas por esta família são: de vermelho, cinco leões de púrpura, armados e linguados de ouro, cada um carregado de três ou de duas faixas também de ouro.

O concelho de Boticas está situado na parte noroeste de Portugal, província de Trás-os-Montes, Distrito de Vila Real. Criado no âmbito da reforma administrativa de 1836, o actual concelho de Boticas corresponde a uma parte da antiga terra do Barroso à qual deu o nome, pois é na sua área geográfica que existe a serra do Barroso e as povoações de Alturas do Barroso e Covas do Barroso, divisão administrativa e territorial que até então incorporava também o actual concelho de Montalegre e o extinto concelho de Ruivães, este hoje parte do concelho de Vieira do Minho.

A Vila de Boticas, então já lugar central, é, desde a criação do Concelho, a sede do Município. As armas e a bandeira do concelho de Boticas, são, de acordo com o parecer da Associação dos Arqueólogos Portugueses, de prata, com uma abelha de negro realçada a ouro, acompanhada de quatro espigas de trigo verde, cruzadas em ponta e atadas de vermelho. Coroa mural de quatro torres. Bandeira azul.
Fonte: http://www.cm-boticas.pt


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CASTELO DE MONTERREI - MONTERREI - OURENSE - ESPANHA



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O Castelo de Monterrei fica situado na Freguesia de Santa Maria, no Concelho de Monterrei, Província de Ourense, a poucos metros da entrada na Vila de Verín.
O acesso ao castelo é muito difícil, a entrada faz-se através do casario, por ruas estreitas e sinuosas, com varandas salientes, e o restante caminho até ao Castelo só dá para um veículo. À chegada ao cimo do Castelo, é necessário transpor mais 2 barreiras estreitas, que são as primeiras portadas do Castelo, que fiz com bastante cuidado, até aceder à última porta de acesso ao interior da muralha, e aí sim, as autocaravanas (espaço só para 3, caso esteja vazio) tiveram que ficar por ali, sendo que em veículo ligeiro normal, ainda passa essa portada até ao cimo onde se ergue o Castelo.

             HISTÓRIA:

Este monumental conjunto fortificado, onde se assentaram as linhagens de Ulloa, os Zúñiga, os Viedma, os Fonseca, os Acevedo e os Duques de Alba, foi enclave estratégico desde a Idade Média na fronteira com Portugal. Sua história é longa porque o vale foi povoado no século X. O castelo foi construído no século XII por D. Afonso Henríquez, neto de Afonso VI, e adquiriu importância no XIV com Pedro I, El Cruel. Em 1506 chegou aqui Felipe El Hermoso para se encontrar com o Cardeal Cisneros e mostrar o seu papel como Rei de Espanha.



A fortaleza foi-se adaptando a diferentes estilos ao longo de sua história. A Torre das Damas foi edificada em séculos XIV. Entre os século XV e XVII os sucessivos condes de Monterrei construíram o palácio renascentista, a torre da Homenagem, o Hospital de Peregrinos ea igreja gótica de Santa Maria. Na Idade Moderna construíram dois recintos abaluartados que encerravam os conventos de franciscanos e jesuítas, sob a orientação dos engenheiros militares de Felipe IV, Juan de Villarroel e Carlos de Grunemberg. A função militar do conjunto fortificado complementou-se com a importante vida cultural da pequena corte nobre, onde se imprimiu o primeiro incunábulos galego e se dava docência em gramática, artes e teologia.

DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O monumental conjunto fortificado de Monterrei constitui a "Acrópole" maior da Galícia, e forma um conjunto de evidente interesse. Possui três recintos amuralhados sobre uma alongada lomba, entre outros itens defensivos essenciais destacam a torre de menagem ea Torre das Damas. Um dos acessos ao recinto tem uma ponte levadiça, elemento próprio dessas fortalezas. As almeas, os pequenos vãos e um poço de 14 metros localizado no pátio interior completam as defesas do edifício. O pátio de armas do castelo entra por uma porta praticada em uma muralha.

O destaque do castelo é, sem dúvida alguma, a Torre de Menagem, que foi construída no século XV, na época dos Reis Católicos, por Dom Sancho Sánchez de Ulloa, primeiro Conde de Monterrei. Sua planta é quadrada, tem alguns buracos no exterior, conta com pequenos vãos ao longo de seus muros, e é coroada por uma barbacana com oito cubos redondos que interrompem os cantos e pinturas.
entra pelo primeiro andar, onde se localiza a ponte levadiça.
Suas proporções são consideráveis, com paredes de grande espessura e elevada altura (22,5 m), o que lhe confere um caráter impressionante.



A Torre das Damas, do século XIV, é de proporções mais reduzidas e contígua ao palácio. Nesta descansa a galeria de colunas com pedras de armas nas enxutas.
Dentro do recinto do castelo também se encontra o Palácio dos Condes, em estilo renascentista, possui grandes galerias de arcos rebaixados. As colunas da referida galeria têm um escudo diferente a cada uma delas. Este palácio foi construído no século XVI e início do XVII. Todas as pedras do recinto do castelo está gravado com marcas de canteiro.

Pertence ao conjunto a igreja paroquial de Santa. Maria é um templo de estilo gótico dos séculos XIV a XV, com uma só nave coberta de madeira e ábside rectangular com abóbada de cruceiría. Destacam-se na arte um belo retábulo gótico de pedra e a capa lateral, formada por três arquivoltas muito decoradas e tímpano presido por Cristo e tetramorfos.



Muito perto da fortaleza encontram-se os restos de outra fortificação denominada Atalaia, que data de 1664 e servia de complemento defensivo.



MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

O material é pedra, que é a matéria-prima empregada na maioria dessas edificações por sua grande resistência e dureza. Podemos observá-los cantaria bem colocados e enquadrados de suas torres. Aprecia-se bem o valor artístico eo esforço humano da obra.

HERÁLDICA

Em um de seus acessos podemos apreciar o brasão pertencente aos primeiros moradores do castelo, os condes de Monterrei. Não só aparece o distintivo de sua família, mas também os elementos mais importantes dos escudos de outras famílias e linhagens com as que mantiveram um vínculo.

               CONDIÇÃO

O estado do castelo é muito bom. No interior conservam-se ainda hoje os ornamentos que se foram adicionando os diferentes estilos artísticos. Pelo seu grande valor e beleza do castelo de Monterrei foi transformado em Parador Nacional.
Encontra-se declarado Monumento Nacional.

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