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TRANCOSO - GUARDA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Trancoso é uma cidade Portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro. Destaque para o Castelo, e a entrada muralhada para a zona histórica da cidade, onde se pode encontrar o Pelourinho, e toda a envolvência das muralhas e torres. Trancoso é também conhecido pelo seu fumeiro, referencia para a feira do fumeiro que habitualmente se realiza por alturas das festas das amendoeiras em flor, a sua doçaria regional variada, como as sardinhas doces, etc. Mais um registo atualizado em 2014 com o céu bastante nublado, em contraste com o sol nas fotos estáticas, já que são de 2008.



          HISTÓRIA:

CASTELO E MURALHAS:



O Castelo e as Muralhas que cercam o centro histórico (com 15 torres e cubelos, entre as quais se abriam 4 portas e 3 postigos), são os mais importantes e mais antigos monumentos do concelho de Trancoso. Fortaleza anterior à nacionalidade, reforçada por D. Dinis, com sete torres amuralhadas, quatro das quais vãs. A torre de Menagem possui uma janela árabe, com arco de volta de ferradura. Encontra-se em bom estado de conservação. Das suas muralhas avista-se um vastíssimo panorama.




Possui restos de uma torre, que foi capela da cidadela, sob a invocação de Stª Maria Madalena. Este Castelo e as Muralhas que circundam a Cidade estão classificados como Monumento Nacional, por decreto 7586, de 8 de Junho de 1921.
PORTAS D'EL REI Ficam situadas nas muralhas que rodeiam o centro histórico da cidade, a sul, encontram-se abertas entre duas torres ameadas e ostentam o escudo de Trancoso. Exteriormente formam um arco abatido e, interiormente, um arco em ogiva. O arco exterior, que também era em ogiva, foi alterado. As duas torres serviam de defesa das portas, que fechavam com grades de pau e porta em madeira. O largo frontal foi entretanto totalmente remodelado com base num projecto do Arq. Gonçalo Byrne.


PELOURINHO DE TRANCOSO:



É um monumento manuelino, contemporâneo do foral novo. O fusto é facetado, sobre quatro degraus, e remata com colunelos que formam a gaiola, em número de cinco. A cimeira é cónica e remata com uma esfera armilar. É um dos mais belos pelourinhos da Beira Alta. Considerado Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910.
IGREJA DE SÃO PEDRO Em estilo românico, foi do Padroado Real no século XVI. Na porta principal, entre esta e a janela da fachada, encontra-se o brasão, duas chaves cruzadas sobrepujadas por uma teara, simbolizando S. Pedro. Na parede Sul encontra-se um mausoléu mandado erigir em 1641, túmulo do profeta e poeta, Bandarra.
Fonte: www.cm-trancoso.pt


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AGUIAR DA BEIRA - GUARDA


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:
Aguiar da Beira estava no agendamento da viagem de retorno do Sabugal, com destino à Srª da Lapa, uma visita sempre repetida com agrado, já que alguns companheiros ainda não conheciam o santuário com a sua lapa interior, bem como a sua história, e a visita foi uma agradável surpresa.
HISTÓRIA:
Aguiar da Beira é um município pertencente à Beira Alta, da comarca de Trancoso, distrito da Guarda, diocese de Viseu e Região de Turismo do Centro.
Integra a Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões. Aguiar da Beira é uma vila muito antiga e não se conhece a sua origem exacta. Inclui apenas a freguesia de Aguiar da Beira. De entre os lugares do município, somente Aguiar da Beira tem estatuto de vila, sendo os restantes aldeias. O concelho de Aguiar da Beira recebeu foral de Dona Teresa em 1120.
É sede de um município com 203,68 km² de área, ergue-se a 781 m de altitude e 5 521 habitantes (2011), subdividido em 13 freguesias.

O município é limitado a norte pelo município de Sernancelhe, a leste por Trancoso, a sueste por Fornos de Algodres, a sudoeste por Penalva do Castelo e a oeste por Sátão. Feriado Municipal – 10 de Fevereiro.

A análise do património arqueológico na região sugere a hipótese de que a ocupação humana remonta, pelo menos, até ao IV milénio a.c., teoria alicerçada nas investigações levadas a cabo no Núcleo Megalítico de Carapito, constituído por quatro estruturas megalíticas, de entre as quais se destaca o Dólmen de Carapito (classificado como Monumento Nacional pelo decreto-lei n.º 735/74 de 21 de Dezembro).




IGREJA MATRIZ
Do período proto-histórico existem três povoados, de possíveis origens castrejas, nomeadamente o Castro de Carapito, o Castro da Gralheira  e o Castro das Abelhas, sendo possível aí vislumbrar vestígios de construções. A presença de tegulae (telhas) romanas no Castro das Abelhas e Gralheira parecem apontar ainda para posterior ocupação romana.



Da presença romana na região subsistem também outros vestígios, como é o caso de uma edícula em granito, descoberta na aldeia de Penaverde (e actualmente conservada no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa), e vários silhares almofadados  que foram reutilizados na construção do pano da muralha do castelo medieval da vila de Aguiar da Beira, bem como mais exemplares encontrados em restantes aldeias do concelho, na maioria dos casos fazendo parte do aparelho de construção de casas de habitação.


Após o século V, e apesar da instabilidade provocada por sucessivos conflitos consequentes da derrocada da administração romana (invasões bárbaras, ocupação islâmica, guerras da Reconquista) e do fenómeno de ermamento que se verificou em muitas zonas do interior do país, a ocupação da região manteve-se durante a Alta Idade Média, o que talvez possa ser comprovado pela existência de sepulturas talhadas na rocha, bem como sarcófagos, que em algumas áreas constituem autênticas necrópoles, como acontece em Aguiar da Beira (Núcleo de Sepulturas da Regada) e Moreira, enquanto noutros casos se encontram totalmente isoladas, como se observa em Penaverde ou Mosteiro. Mais exemplos de semelhantes sepulturas e sarcófagos podem ser encontradas em Colherinhas, Pinheiro e Sequeiros. Estes espaços de morte apontam para presença humana entre os séculos VII e XII.


À Baixa Idade Média, com a relativa pacificação do território, corresponde uma fase de reforço da administração, e desenvolvimento de um novo sistema judicial e socioeconómico, que encontra expressão na concessão de cartas de foral a determinadas regiões, com o objectivo de fomentar a ocupação de determinado espaço, ou legalizá-la, caso ela já exista. É assim que Aguiar da Beira, bem como Penaverde, receberão os seus forais no século XIII. Em inícios do século XVI também Carapito será elevado ao estatuto de Concelho, por via de carta de foral, reinando então D. Manuel.

A concessão de Carta de Feira à vila de Aguiar da Beira por D. Dinis, em 1308, é revelador da importância que este aglomerado assumia já na altura em termos de dinâmica económica.
Após o século XVI, e durante toda a época moderna, o território actualmente compreendido pelo Concelho de Aguiar da Beira estava dividido entre os Concelhos de Aguiar, Carapito e Penaverde. Circunscrição que se haveria de manter até ao século XIX, altura em que a reforma administrativa levada a cabo pelo governo liberal dissolveu, em 1836, os Concelhos de Carapito e Penaverde, sendo o primeiro incorporado no Concelho de Aguiar da Beira, e tornando-se o segundo uma freguesia de Trancoso, vindo posteriormente (1840) a transitar para o Concelho de Aguiar. Também este último chegou, por um breve período, a perder a sua autonomia, a partir de 1896, altura em que se tornou freguesia do Concelho de Trancoso, vindo a readquirir o seu estatuto concelhio em 1898, agregando a si os antigos concelhos de Carapito e Penaverde.
No que a património histórico se refere existem elementos de destaque no Concelho de Aguiar da Beira. Para além das já mencionadas estruturas pré-históricas e castrejas é possível ao visitante contemplar património histórico e artístico de épocas posteriores, de não menor interesse e importância.

A nível de arquitectura religiosa, é de destacar, na própria vila de Aguiar da Beira, a antiga Capela de Nossa Senhora do Castelo, ou de Nossa Senhora do Leite, edifício medieval, de fundações românicas (século XIII?), bem como a Igreja da Misericórdia, edifício do século XVIII, em estilo barroco. Na freguesia de Forninhos, pode visitar-se a Capela de Nossa Senhora dos Verdes, seguindo também uma estética barroca, com decoração interior constituída por altar-mor e arco triunfal revestidos a talha dourada, sendo a cobertura do santuário totalmente preenchida por caixotões em talha representando santos, assim como cenas da vida de Cristo e da Virgem Maria. O imóvel beneficiou de protecção legal, sendo considerado de interesse público. Para além destas já referidas, inúmeras outras capelas e igrejas podem ser visitadas em praticamente todas as freguesias do Concelho de Aguiar onde, além de apreciar a arquitectura, o observador pode desfrutar do espólio de arte sacra, como é o caso dos altares barrocos, em talha, ou vários exemplares escultóricos indo desde o gótico até à actualidade.


Também na arquitectura civil se encontram elementos de invulgar interesse por todo o concelho de Aguiar da Beira. Coroando a própria vila de Aguiar destacam-se as ruínas do castelo, estrutura inserida dentro do género dos castelos roqueiros, e cuja origem será provavelmente anterior à nacionalidade (séculos VII a XI), destinada talvez a funções de vigilância e posto avançado para a zona de defesa fronteiriça do vale do Mondego e Távora. Não muito longe das ruínas da fortificação, e na parte da vila conhecida por “Largo dos Monumentos”, encontra-se implantado o Pelourinho Manuelino (séc. XVI), a antiga Torre do Relógio, e a Fonte Ameada, sendo estas três estruturas um dos principais ex-libris da vila, e beneficiando cada uma delas de protecção legal, enquanto imóveis de interesse público. Também neste largo se encontram a Casa dos Magistrados (séc. XV) e o edifício dos antigos Paços do Concelho (séc. XVIII).

Para além de Aguiar, também na aldeia de Penaverde e Carapito se podem ver os pelourinhos (ambos de origem quinhentista), símbolos de estatuto e autonomia concelhias. O pelourinho de Penaverde apresenta-se muito delapidado, tendo perdido o escudo e esfera armilar que antes possuía. Quanto ao pelourinho de Carapito, este apresenta um remate em forma de gaiola relativamente bem conservado, sendo o mais elaborado e completo de todos os três.

Por todo o concelho encontram-se vários exemplos de casas senhoriais (grande parte delas edificada por volta de finais do século XVII / XVIII), reflexo da prosperidade ou categoria nobiliárquica de alguns habitantes.

Em muitas casas de aldeias do Concelho foram identificadas marcas cruciformes, que indiciam a permanência na região de comunidades de cristãos-novos, que através da exibição deste tipo de símbolos, pretendiam evitar qualquer suspeita de práticas judaízantes. Contudo, estas marcas cumpririam ao mesmo tempo funções de agregação (contribuindo para a coesão dos elementos de tais minorias), bem como de discriminação (de maneira a que todos os cristãos-velhos tivessem consciência de que tais indivíduos tinham sangue judaico), para além de actuarem como símbolos de protecção contra as forças do mal.

Finalmente, refira-se ainda a Ponte do Candal que atravessa o rio Coja, na freguesia de Coruche, ponte de origem medieval, talvez anterior à fundação da nacionalidade, e que apesar da simplicidade da estrutura, se oferece como exemplo da engenharia medieval.
Fonte www.cm-aguiardabeira.pt

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VALE DE ESPINHO - SABUGAL - GUARDA


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Depois de Aldeia do Bispo, da manutenção das autocaravanas em Fóios (área em mau estado funcional), fomos pernoitar em Vale de Espinho, que diga-se tem uma praça central bastante espaçosa, e foi uma boa aposta a opção da pernoita aqui. Mal tinhamos aparcado as ACs e já nos estavam a convidar para visitar a nova associação da freguesia de Vale de Espinho para uma petiscada. Não nos fizemos rogados, e como estava já próxima a hora do jantar juntamos umas mesas e logo um amigo da terra se ofereceu para nos colocar vinho na mesa, oferta pessoal em nome da hospitalidade Vale Espinhense. 

Depois de uns petiscos servidos com a cortesia que só um Presidente de Junta com grande categoria o faria, com a pompa e circunstancia possiveis e disponível numa inesperada presença turistica, (nós). Foi uma petiscada ajantarada, desde a dobrada às filhoses, passando por queijo da serra da região, bifanas, pão, e azeitonas a finalizar esta ementa improvisada, e que nos soube tão bem. E como o mundo é pequeno, um conterrâneo da Feira estava lá a passar umas mini férias do Carnaval, já que a esposa era natural de lá. Fica aqui uma breve reportagem desta aldeia muito bem equipada ao nível social, com pessoas simpáticas, e um Presidente de Junta do melhor. Um bem haja para Vale de Espinho.

BREVE HISTÓRIA:

Vale de Espinho é uma freguesia portuguesa do concelho do Sabugal, com 32,15 km² de área e 380 habitantes (2001). Densidade: 13,4 hab/km².
As freguesias mais próximas são Fóios e Quadrazais, a aproximadamente 6 km. Situa-se numa zona de serrania, o que lhe tira bastante visibilidade principalmente a Sul.
Pensa-se que Vale de Espinho foi povoada desde a época castreja. Contudo, a documentação que existe faz-lhe referência apenas depois da fundação da Nacionalidade.
A sua Igreja foi construída entre os séculos XII e XIII. Inicialmente foi dedicada à Virgem e só mais tarde a Santa Maria Madalena, que é hoje a sua Padroeira.
Devido à sua situação geográfica, Vale de Espinho foi por diversas vezes vítima da passagem das tropas em épocas de guerra.
A gastronomia local baseia-se sobretudo em: javali, cabrito, enchidos, queijo da região, trutas do Côa, pão-de-ló e bolo de leite. Heráldica de Vale de Espinho.
Fonte: http://www.memoriaportuguesa.com/vale-de-espinho

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SORTELHA 2014 - SABUGAL - GUARDA


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Viagem ao Sabugal nomeadamente a Sortelha, feita por altura do Carnaval 2014, já efectuada em viagens anteriores, e publicada aqui com a história toda: Click - SORTELHA

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PALÁCIO DAS TERMAS DE ÁGUA RADIUM - SORTELHA - SABUGAL



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Este bonito e abandonado complexo acastelado tem vários nomes atribuídos como: Castelo, Palácio, Termas, e presentemente apelidado de "eventual" Hotel Serra da Pena. Situa-se próximo da aldeia de Quarta-Feira, Freguesia de Sortelha, no Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, Portugal. Situado num ermo, e isolado das povoações, diz-se que a extracção e exportação de urânio deste local no início do Século XX, foi usado nas investigações e eventualmente na fabricação da bomba atómica. No meio de nenhures, este edifício acastelado destaca-se pela sua imponencia no horizonte longinquo de serrania, e inacessível, já que está interdito o seu acesso.

Breve apontamento sobre o edifício termal:

Originalmente pertenceu a um conde espanhol, Don Rodrigo, mas no início do século XX ficou conhecida como Termas de Água de Radium. As suas águas tinham um grau de radioactividade bastante elevado. Talvez esta particularidade tenha atraído Maria Curie, física francesa que recebeu o prémio Nobel por descobrir os efeitos da radiação. Com os seus efeitos medicinais eram engarrafadas e exportavam-se para a Europa no início do referido século.
Don Rodrigo deverá ter abandonado as termas mais tarde. 


Em 1929, a exploração termal é arrendada à empresa Sociedade Águas Radium Lda, por contrato até 1940. Esta sociedade introduz outro tipo de tratamentos para além dos de balneoterapia, como seja a aplicação de lamas, compressas eléctricas radioactivas e a “studa chair” para lavagem do cólon. Em 1940, terminado o contrato de arrendamento, a concessão continua nas mãos dos herdeiros Enrique Gosalez Fuentes.

O complexo termal foi leiloado em Lisboa, e posteriormente comprado por Ramiro Lopes, com a intenção de transformar o local num hotel de luxo. Em 2000, Ramiro Lopes vendeu a propriedade ao seu irmão, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo (a partir das actuais ruínas) com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria trabalhada a parte termal.

                HISTORIAL:

A história deste sítio de águas minerais, embora recente (inícios do século XX), está envolta na lenda que começa com um conde espanhol, Don Rodrigo, que aqui teria curado uma filha de uma grave doença de pele, mandando posteriormente construir o hotel termal, de que hoje restam as ruínas com o seu ar acastelado.Mas o que vem ainda a adensar o mistério é a própria história oficial relatada por Acciaiuoli: 


“Até 1920 as águas não eram conhecidas e, naquele ano, o Prof. Charles Lepierre, declarou que as nascentes deste grupo denominado «Curie», eram dotados de propriedades radioactivas.” (Acciauoli 1944, III). Nunca o autor nos seus vários textos monográficos ou relatórios como engenheiro-chefe da Inspecção de Águas, nomeia o lendário conde espanhol; aliás, o único espanhol nomeado no processo é Enrique Gonsalvez Fuentes como concessionário das águas por alvará de 17 de Agosto de 1923.

Mas o hotel termal já existia nesta data.Outro dado a equacionar nesta história é a vizinhança das Minas de Quarta-feira, com exploração iniciada em 1910 pela companhia francesa Societé d’Uraine e Radium, de onde partiu muito minério de urânio que foi trabalhado nos laboratórios de Paris, onde Madame Curie (1867-1934) trabalhava. É muito provável que fossem os franceses desta empresa mineira que denominassem as nascentes com o nome desta cientista galardoada com dois prémios Nobel. Sendo assim, o trabalho de Lepierre será enquadrado no processo de legalização da concessão de nascentes que já estavam em exploração. Segundo Luís Paulo “A Madame Curie esteve lá cerca de 4 meses”, mas não encontrámos nenhuma referência a possíveis estadias de Curie em Portugal.A história destas termas é descrita do seguinte modo pelo presidente da Junta de Freguesia: ”O fundador das águas de Radião foi o D. Rodrigo, ele tinha um nome diferente mas aqui ficou conhecido como o D. Rodrigo. Foi ele que mandou construir as termas, que mais tarde foram vendidas aos ingleses. Isto é assim, o D. Rodrigo deve ter abandonado a empresa mais ou menos pelos anos 30. 
Depois começou a exploração inglesa que como termas durou muito pouco, ficou só a exploração hoteleira. Foi durante esta exploração inglesa que houve um gerente que levou a empresa à falência, por volta de 1951 ou 52, era residente no Casteleiro, embora não fosse de lá. Depois foi leiloado em Lisboa, a uma família de lá, e depois os herdeiros desses, que eram muitos, vêm a vender ao Ramiro Lopes em 1984 ou 85. Ele ainda fez muitas obras, há coisa de 4 anos vendeu ao irmão. Actualmente o projecto está a andar, andam pessoas lá a trabalhar." (Luís Paulo). Em 1929 a exploração termal é arrendada à empresa Sociedade Águas Radium Lda, por contrato até 1940. Esta sociedade introduz outro tipo de tratamentos para além dos de balneoterapia, como seja a aplicação de lamas, compressas eléctricas radioactivas e a “studa chair” para lavagem do cólon.
Em 1940 terminou o contrato de arrendamento, mas a concessão continua nas mãos dos herdeiros Enrique Gosalez Fuentes. Acciaiuoli (1947), no relatório da actividade Inspecção de Águas de 1943-46, informa-nos que “a actividade desta Estância está suspensa desde 1945, sendo muito pequena a sua frequência: 35 inscrições em 1944 e 36 no ano anterior”. Em 1951 a sociedade francesa dá lugar à Companhia Portuguesa de Radium, de capitais ingleses, e terá sido esta empresa que toma conta do hotel, explorando apenas a parte hoteleira do complexo, conforme a descrição do presidente da junta, Luís Paulo, estando neste caso as suas datas desfasadas de 10 anos. Esta companhia mineira cessaria a sua actividade em 1961, mas nessa ocasião já o hotel termal estaria abandonado. O complexo termal foi leiloado em Lisboa (segundo Luís Paulo), e posteriormente comprado por Ramiro Lopes, residente na Panasqueira, com a intenção de transformar o local num hotel de luxo. 
Em 2000 este senhor vendeu a propriedade a seu irmão António Lopes, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo (a partir das actuais ruínas) com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria trabalhada a parte termal.Em Acta de Reunião Ordinária n.º 3 da CM do Sabugal, de 28 de Janeiro de 2000, pode ler-se o seguinte ponto: "Presente ofício da Firma GOLFIBÉRICA referente ao projecto turístico da Águas Rádio – Serra da Pena – Sortelha, tendo o Presidente dado conhecimento da reunião com a gerência da empresa onde lhe foi dado a conhecer o interesse por parte de investidores estrangeiros naquele investimento, estimando-se a criação de cerca de 150 postos de trabalho. Propôs que a Câmara Municipal disponibilize a colaboração técnica possível e que se considere o investimento de interesse municipal, propostas que foram aprovadas por unanimidade." Mas no local pouco foi feito, para além de bloquearem as entradas na propriedade.
Fonte: http://www.aguas.ics.ul.pt

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XII PROVA DE VINHOS E PETISCOS DE SOBRADO/BAIRROS - C. PAIVA



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A convite da Ex.ma Junta de Freguesia do Sobrado/Bairros - Castelo de Paiva, o Grupo AuToCaRaVaNiStA participou uma vez mais, desta feita na XII Prova de Vinhos e Petiscos de Bairros, uma prova conceituada desta região de vinhos verdes, considerada como a que produz o melhor verde tinto do mundo. Agradecemos ao Sr. Presidente José António pela simpatia com que nos recebeu, já que está apenas há alguns meses à frente dos destinos de Bairros, por agregação das duas freguesias, ficando a promessa de nos dar melhores condições logísticas para o ano. Este ano foi anfitrião da XII Prova, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Dr. Emidio Sousa, amigo dos tempos da adolescencia, e rival na disputa de alguns jogos de futebol entre lugares vizinhos, e para quem mando um grande abraço, e desejo de sucesso na missão que agora desempenha. 


Uma saudação também para a associação "OS CUCOS" que exploraram a restauração onde fomos servidos majestosamente em qualidade, quantidade, e preço low cost. A todos os intervenientes, e presentes neste convite do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, um grande abraço, e não esqueçam que a convite do Sr. Presidente da Junta de Real - Castelo de Paiva O Grupo AuToCaRaVaNiStA está já convidado para o fim de semana de Ramos, 11, 12, 13, de Abril, para a sua Mostra de Vinhos e Petiscos. A não perder.





*Como o estacionamento estará limitado a um máximo de 30 autocaravanas, estão convidados apenas os confrades da Confraria da Panela de Ferro do Grupo AuToCaRaVaNiStA Português, e os convidados ACs presentes em Bairros, pelo que as inscrições antes de abrirem, já estão fechadas. 


Pedimos desculpa, mas são as contingências da logística disponibilizada pela junta de Freguesia por limitação de espaço para estacionar. A Pernoita faz-se na sexta feira 11 de Abril, como habitualmente no largo da Feira junto à A.S. para autocaravanas de Castelo de Paiva. Sábado cerca das 10H00 seguiremos para o estacionamento reservado ao Grupo AuToCaRaVaNiStA Português na Freguesia de REAL, que fica situado bem junto à Mostra dos Vinhos, Petiscos, e Prod. Rurais.

Oportunamente daremos as indicações necessárias, bem como toda a informação por SMS*.

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CENTUM CELLAS - BELMONTE - CASTELO BRANCO



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Centum Cellas ou Torre de São Cornélio, é um edificio de origem Romana situado em Colmeal da Torre em Belmonte Distrito de Castelo Branco. Eventualmente seria uma especie de vila romana adaptada ao transito de pessoas animais e bens, para Bracara Augusta. Já que se refere a celeiros estábulos, estalagem, termas, oficinas etc.

             HISTÓRIA:
Centum Cellas, é a deturpação popular do termo latino Centum Cellae que se pode traduzir por "100 divisões" e que atesta da outrora imponência desta villa romana do Séc. I. Para termos uma ideia da sua grandiosidade, basta dizer que a área escavada da villa, se refere apenas à parte residencial. As restantes partes, como os celeiros, armazéns, estábulos, acomodações dos servos e as termas, foram já provavelmente destruídas. No que se refere às termas, a sua destruição é um dado adquirido e pode-se situar na década de 1940, quando relatos de habitantes que ali perto trabalhavam, dão conta do aparecimento de "muitos tijolos semelhantes a tijolo burro, que logo serviram para a construção de fornos de cozedura de pão".

Durante muito tempo um local de lendas e imaginário, Centum Cellas era afinal e de acordo com uma inscrição encontrada no local, a residência de um nobre romano com grande influência e poder económico chamado Caecilius, que aqui residia com a sua família e os seus servos.Os seus rendimentos provinham, para além da normal actividade agrícola, da extracção e comercialização de estanho, comercialização essa facilitada pela proximidade da estrada que ligava Bracara Augusta (Braga) a Emérita Augusta (Mérida), a capital da Lusitânia Romana.

Parcialmente destruída por um incêndio durante o Séc. III,o edifício teve de ser readaptado, embora continuasse a ser usado como residência. Só com o fim do domínio romano na Península Ibérica, em finais do Séc. IV é que Centum Cellas deixa de ser uma residência, tendo no entanto continuado a ser utilizado para outros fins pela população local.Durante o Séc. X ou XI, foi edificada nos limites da zona actualmente escavada, uma pequena capela junto à qual se cavaram algumas sepulturas.

Centum Cellas aparece depois como "Centocelas" em documentos a partir do Séc XII como sendo uma povoação cedida à Sé de Coimbra por D.Sancho I, tendo-lhe sido concedido foral em 1194 ou 1188 como sugerem alguns autores. Este foral apenas vigorou até 1199 pois D.Sancho I após acordo com o bispo de Coimbra, D.Pedro, o revogou, atribuindo foral à vizinha vila de Belmonte, por razões estratégicas. A este novo foral foram dados os limites estabelecidos para o foral de Centocelas.

Sendo progressivamente abandonado e a excelente pedra utilizada na sua construção, reaproveitada para outros fins, a antiga Villa foi a pouco e pouco perdendo a sua imponência, restando actualmente de pé apenas o seu núcleo que por coincidência é semelhante a uma torre.

Fonte: http://www.arqueobeira.net

Monumento Nacional por Dec.nº 14 425 DG 136 de 15 Outubro 1927 e afecto ao IPPAR desde 1 de Junho de 1992

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BELMONTE 2014 - CASTELO BRANCO



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Belmonte esteve mais uma vez integrada na rota AuToCaRaVaNiStA, desta feita por altura do Carnaval de 2014 em que o objetivo era o Sabugal, nomeadamente a Aldeia do Bispo nas tradicionais garraiadas, e largadas de touros, para além do próprio carnaval a ela associada. Para aceder à história de Belmonte, e outros comentários, aceda aqui no Portal ao seu Portefólio com a etiqueta "Belmonte".

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