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PINHÃO (ALIJÓ)



HISTÓRIA:


VILA DO PINHÃO - CORAÇÃO DO ALTO DOURO VINHATEIRO E PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE


Pinhão, freguesia do concelho de Alijó, situada na margem direita do Rio Douro, ocupa uma área de cerca de 300 hectares, tendo como freguesias limítrofes Vale de Mendiz, Vilarinho de Cotas, Casal de Loivos, Valença do Douro, Covas do Douro, São Cristóvão do Douro, Gouvães do Douro e Ervedosa do Douro. O Pinhão dista de 17 km da sede de concelho e 38 km da sede de distrito, Vila Real.


O topónimo desta freguesia justifica-se pelo facto de aí se encontrar a foz do Rio Pinhão, afluente do Douro. O rio Pinhão nasce na aldeia de Raiz do Monte, na freguesia de Mina de Jales, atravessando, depois, diversas localidade (Souto Escarão, Pinhão Cel, Balsa, Torre de Pinhão, Parada de Pinhão, Cheires, Vale de Mendiz, São Cristóvão), desaguando no Pinhão.


Antigamente chegava-se a esta povoação por uma via romana que ligava Sabrosa à margem direita do Rio Pinhão, ou por Murça, passando por Favaios, Vale de Mendiz, Vilarinho de Cotas e Casal de Loivos. Descia-se, então, a encosta até à zona da praia, onde se armazenava tudo o que se destinava ao embarque ou desembarque nos barcos rabelos, no Rio Douro. Mais tarde, essa estrada foi apelidada de “Estrada Real”.


As margens do Douro cobriram-se de vinha que viriam a originar o fantástico vinho do Porto, mas só a partir de 1678 é que surgiu essa designação por iniciativa dos primeiros ingleses que chegaram à região. O Pinhão tornava-se no inicio do século XX num importante entreposto de Vinhos Finos que escoava o produto até Gaia pelos barcos rabelos.


O Vinho do Porto, principal fonte de desenvolvimento desta freguesia do concelho de Alijó, surgiu, quando em 1638, Cristiano Kopke, cidadão alemão, resolveu fundar, no Porto, uma empresa ligada à exportação de vinhos. A região do Alto Douro começou, então, a crescer do ponto de vista vinícola. Os conflitos que ocorreram, no século XVII, entre ingleses e franceses, por causa dos vinhos, permitiram à produção vinícola duriense afirmar-se no mercado britânico, inicialmente com designações “Red Portugal” ou “Lisbon Wine” e, a partir de 1678, como “Vinho do Porto”. O primeiro registo oficial de exportações de vinho pela Alfândega do Porto remonta a 1678, tendo saído de Portugal, nesse ano, 400 pipas de vinho. Nessa época, para além da “Kopke”, faziam já negócio no Douro a “Warre” e a “Croft”.


A partir de então, a produção de Vinho do Porto foi crescendo, tendo alcançado uma grande notoriedade internacional.


Em 1870, Sabrosa e Alijó, ficaram ligados por uma ponte em cantaria existente sobre o rio Pinhão, edificada naqueles que viriam a ser os limites da freguesia mais tarde.


A localização privilegiada do Pinhão e os meios de transporte que aqui confluíam contribuíram de sobremaneira para o desenvolvimento desta pequena urbe que rapidamente alcançou o estatuto de Centro Económico Geográfico da Região Demarcada do Vinho do Porto. Não é por acaso que Miguel Torga se refere ao Pinhão nestes termos: “(...) Mas existe uma capital deste feudalismo disperso; uma polarização urbana do tresmalho murado de cada senhor: meia dúzia de casas banais, uma estação com azulejos que reproduzem em mísero a grandeza do cenário, e adegas sombrias, cavadas no chão como furnas – o Pinhão. O cósmico e cosmopolita Pinhão!”.


Ate ao início do século XVIII havia poucas casas junto ao rio e a sua população vivia quase exclusivamente da pesca. Mais tarde, em 1880, o comboio chega ao Pinhão, a 1 de Junho, vencendo assim, depois de anos de uma autêntica epopeia de comunicação, a difícil interioridade. È importante frisar que a estação ferroviária do Pinhão foi valorizada com 24 magníficos painéis de azulejos policromados, nos quais se descreve a etnografia da região.


Trata-se de um precioso conjunto concebido em 1940, mercê da Junta de freguesia local e do Instituto do Vinho do Porto. O caminho-de-ferro foi responsável por uma nova ordem de espaço regional: facultava a ligação da linha às cidades onde se comercializavam os produtos da região. Agora o vinho não só era transportado nos lentos barcos Rabelos, mas também nas carruagens desse poderoso meio de transporte.


Fonte:PINHÃO NO SAPO


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