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VILA NOVA DE FOZ CÔA 2012


Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Local de Pernoita no parque destinado a Autocaravanas, muito perto do centro da Vila já engalanada para a Feira Franca que decorreu este ano a 25/26 de Fevereiro, com todo o programa das festas das Amendoeiras em Flôr a decorrer até Março de 2012. A Area de Serviço para Autocaravanas, fica na Pista de moto-crosse. Estrada em terra batida,e para sair, uma subida à motocrosse em autocaravana, que em dias de chuva não sei não!
COORDENADAS Até ao corte para o caminho da pista de moto-crosse: N 41º 04' 030" - W 07º 09' 294"
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ALMENDRA - V.N. DE FOZ CÔA

Apontamento AuToCaRaVaNiStA:

Almendra é uma freguesia pertencente a Vila Nova de Foz Côa. Existem vários pontos de interesse histórico dentro de um perímetro relativamente pequeno. Destaco a Igreja Matriz, o Solar do Visconde de Almendra, a Capela do Senhor dos Passos, o Calvário etc.




HISTÓRIA:
Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro. Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado". Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil. Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos. O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.
Fonte: Junta de Freguesia de Almendra
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HISTÓRIA:
Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro. Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado". Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil. Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos. O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.
Fonte: Junta de Freguesia de Almendra
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HISTÓRIA:
Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro. Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado". Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil. Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos. O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.
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Almendra antiga por entre montes e vales encaixados entre o rio Douro e o Côa, os homens começaram a desenvolver aquilo a que hoje chamamos de civilização. Desde o Paleolítico, com as recém-descobertas figuras rupestres, passando pelo período visigótico de onde data a antiga cidade de Calábria, pelo período românico, da qual é datado os mais recentes trabalhos arqueológicos em busca de uma aldeia romana perdida no tempo (figura à esquerda), Almendra e as suas gentes têm uma longa história, que vale a pena relembrar e preservar para o futuro. Constituída por cinco lugares (Caldeira, Olga, Pedra Cavada, Rapada e S. Cidrão), Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira Nossa Senhora dos Anjos, Patrona da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual. Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um núcleo fortificado na área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã, substituindo um templo pagão românico também aí existente. Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado". Por volta de 960, Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I. Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura. Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa. Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil. Nesta altura, Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacifico em Castelo Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em 1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra recupera o seu titulo perdido e assim se mantém durante largos anos. O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila, facto actualmente celebrado com um monumento na zona da Praça da Vila. É durante este século que são construídos os mais importantes monumentos em Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães. Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos dias de hoje, sendo extinguido o seu concelho, na altura constituído pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a própria Almendra.
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CASTELO DE CUSTOIAS - NUMÃO



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Custóias em Numão é uma Freguesia pouco percetível para os mais distraídos, só quem tenha um plano já estudado da região, vai têr curiosidade de lá chegar. Quem vai por exemplo a Freixo de Numão, onde temos inclusivamente uma Area de Serviço, quase não se apercebe da existencia deste Castelo e desta Freguesia, mas se tomar a estrada interior para S. João da Pesqueira, vai passar ao lado, e concerteza vai avistar o Castelo altaneiro ao longe. Nessa estrada há um corte, (não existe placas de indicação do Castelo, nem tão pouco de Custoias) que serra acima nos leva à freguesia de Custóias, onde para além do interessante Castelo, tem uma igreja Matriz de origem medieval que deve-se destacar igualmente. O Castelo Mediéval é composto no seu interior por centenas de milhares de pedras de pequeno porte e arredondadas, que presumo sejam de paredes caídas, já que são visiveis vestígios de uma aldeia interior ainda com a sua arquitectura percetível. O cemitério medieval, original, com sepulturas escavadas na pedra no interior e exterior, e no qual aproveitaram os actuais residentes, para continuaram a dar uso como cemitério da freguesia. Mas o melhor é verem as fotos.


História:


A freguesia de Numão, amplamente estudada neste século por uma multiplicidade de investigadores, tem uma história resplandecente, com um auge assinalável em plena Idade Média. Podendo existir vestígios de uma Pré-História distante, são no entanto já certos e inventariados restos de povoados do Calcolítico a Bronze. Nos «cerros» do « Sobreiral», que inventariámos com a denominação de «Citânia da Teja», fomos encontrar enormes vestígios de uma Pré-História recente (III a II milénios antes de Cristo). Também no morro do Castelo se pode recolher cerâmica destes períodos, o que, «a priori», nos leva a induzir da ocupação do «morro de Numão» desde tempos imemoriais. Teria sido este morro resguardado de povoados do Cobre, do Bronze, do Ferro, fortaleza Romana (?) destruída pelos Árabes, fortaleza Medieval até à pacificação do território Português (após afastada a «Mourama» e delimitadas as fronteiras)?

Do período Pré-Histórico são inúmeros os materiais (essencialmente machados de anfibolite) que se encontram numa colecção particular hoje pertencente ao Senhor Engº Carlos Lacerda. Quanto à fixação Romana, por aqui restaram e se misturaram com os povos autóctones, podendo nós encontrar vestígios (enterrados) na parte baixa da actual freguesia. Inúmeros materiais deste período, com incidência para moedas e pesos de tear em barro foram recolhidos pelo médico Dr. João Gouveia. Restos de colunas em granito, bases e capitéis e outros materiais têm sido exumados em vários pontos da freguesia.

Desses primeiros séculos da nossa era, ficou-nos uma «ara votiva» dedicada aos Deuses e Deusas CONIUMBRICENSES! Durante muitos anos os investigadores ligaram os CONIUM aos CONIM (versus Conimbricenses), o que levou a interpretar a dedicatória aos Deuses de Conímbriga! No entanto, hoje, à luz de uma nova investigação e reinterpretação dos textos, podemos verificar, num documento do século XIII, a referência a «um lugar contra Columbria», provavelmente a tal Coniumbriga que se refere na Ara de Numão! Daí a nossa inclinação para a existência naquele lugar de uma grande «VICUS» e porque não uma «CIVITAS» com a denominação provável de CONIUMBRIGA. Deste período de ocupação são ainda duas inscrições na rocha granítica, uma junto ao Castelo, no caminho do Areal, onde se cita a gens que fez a estrada Romana; outra no lugar da Telheira, onde ficou registado o nome do proprietário (um tal REBURRI). Vários outros lugares com vestígios da «época dos Imperadores» encontram-se espalhados pela área, sobressaindo os lagares e lagaretas, no Morgado, no Arnozelo e outros lugares.

Em 960, o castelo de Numão pertencia, juntamente com outros, a D. Châmoa Rodrigues que o doou ao convento de Guimarães, através de sua tia, a Condessa Mumadona.

Deve, entretanto, ter sido ocupado pelos mouros, pois, segundo alguns, Numão terá sido reconquistado por Fernando I, o Magno, de Leão, em 1055.

O convento vimaranense manteve, contudo, o interesse por este castelo, dado que um inventário das suas propriedades, datado de 1059, continua a mencioná-lo.

A vila de Numão teria ficado, em resultado das investidas árabes, completamente abandonada. Se isso na verdade aconteceu, não durou, todavia, muito tempo uma vez que pouco depois, em 8 de Julho de 1130, D. Fernão Mendes de Bragança e seus filhos dão-lhe o primeiro foral.

O castelo primitivo deve ter sofrido bastante nas lutas com os mouros, levando a que nele se realizassem obras de melhoramento, em 1189, no reinado de D. Sancho I. Vestígio ainda dessa época - século XII - é um Cristo de bronze esmaltado, de Limoges, testemunho, talvez, da presença de cruzados franceses nas lutas contra o Islão. A própria Igreja Matriz, apesar de todas as adulterações sofridas ao longo dos tempos, é de traça românica, assim como a Igreja de Santa Maria, construída dentro do castelo e hoje em ruínas.

Em 1247, era tenente da «terra» D. Afonso Lopes de Baião a quem, como representante régio que era, competia exercer funções de carácter administrativo e militar.

A conservação do castelo preocupa ainda D. Dinis que, em 1285, o mandou reconstruir.

Em 1373 era alcaide de Numão Vasco Fernandes Coutinho, um dos homens mais poderosos das Beiras.

Durante a crise nacional do fim da primeira dinastia, o concelho de Numão adoptou uma posição mais favorável à princesa D. Beatriz, nomeando inclusive um procurador às Cortes de Torres Novas de 1380.

No século XV, o julgado de Numão era obrigado a contribuir com 12 besteiros, sinal da sua importância militar.

Em 1512, D. Manuel I concede-lhe a carta de foral nova, isto numa época em que Numão e o seu termo estaria com uma população de cerca de 300 moradores.

Posteriormente, a importância de Numão começou a enfraquecer, deixando mesmo de ser o local de residência de algumas das suas autoridades mais importantes. A própria justiça que aí se administrava foi contestada, levando a população a pedir a substituição dos juizes locais por juizes de fora, acusando-os de serem aparentados uns com os outros e de não serem imparciais. A partir de meados do século XVII deixa de ser definitivamente a sede do concelho que muda para uma das suas antigas freguesias - Freixo de Numão - localidade onde passam a residir os juizes de fora, novos administradores do concelho.

No século XVIII, Numão deve também ser sido vítima do célebre terramoto de 1755, dadas as várias datas oitocentistas inscritas nas paredes da Igreja Matriz.

Como a generalidade das povoações do concelho apresentou um crescimento populacional contínuo desde o século XVIII até que, já no nosso século, a sangria da emigração o veio anular.

Do muito que já se escreveu sobre Numão, queremos deixar aqui reproduzidas algumas citações da obra «História da Diocese de Lamego» do Dr. Manuel Gonçalves da Costa:

1. O Castelo de Numão, tanto no sentido de fortaleza que de facto foi como de cabeça administrativa dum território, desempenhou papel de primordial importância ao longo da história como baluarte fronteiriço e estratégico do alfoz pelo rio Douro a norte, Custóias a poente, a sul por uma calçada provavelmente romana que desembocava próximo da confluência da ribeira de Duas Casas com a de Tourões, e a nascente pelo veio do rio Águeda. A vasta área deste alfoz, significa, para R. Pinto de Azevedo, a realidade do despovoamento da região, confirmada aliás por outros documentos. Estaria pois na intenção do donatário promover o repovoamento da terra. No respeitante a rendas e direitos, dispôs o foral de D. Afonso III que, em vez do oitavo da cevada, cada morador da vila e termo pagasse 2 alqueires acrescidos de 5 reais «da nossa moeda de 6 ceitis». A pena de arma revertia a favor dos juizes ou do alcaide; os maninhos e um terço dos montados pertenciam ao concelho, sendo os outros dois terços do senhorio, bem como o gado ao vento, ficando a pessoa que o achasse obrigada a declará-lo ao escrivão dentro de 10 dias, sob pena de ver-se «demandado» por furto. Apenas a portagem de compra e venda se reservava como direito real.

Ainda no reinado do Bolonhês surgiu uma disputa entre o concelho e Santa Cruz de Vilariça, sobre parte da veiga de Santa Maria, além-Douro, «contra Columbria», mandada «apegar» pelos moradores de Numâo. Estes fizeram-se representar na corte pelo seu procurador Egas Anes (Egeas Joanes) e depois de discutidas as pretensões das duas partes, acordou-se em partir o lugar ao meio a fim de ambos os concelhos o povoarem e granjearem, excepto o barco e o porto com o respectivo «cartario», acordo confirmado por el-rei em Santarém, a 8 de Fevereiro de 1263. Na crise nacional que se seguiu à morte de D. Fernando, o município numantino tomou o partido da rainha de Castela, solidarizando-se com as outras vilas acasteladas de Penedono, Pinhel, Sabugal, Castelo Rodrigo e Trancoso. Consequentemente, os juizes, juntos «por concelho apregoado» segundo o uso e costume, constituíram «por nosso lydimo avontoso procurador, autor e mensageiro especial» a João Antão, natural de Mós, para em seu nome eleger, por sucessora de D. Fernando, a sua filha Dona Beatriz. Firmes na sua oposição às pretensões do mestre de Avis e ao sentimento geral da nação, os numantinos voltaram a reunir-se três anos mais tarde e escolheram o juiz Afonso Domingues como seu representante no casamento da infanta com D. João de Castela, em documento lavrado pelo tabelião Afonso Fernandes.



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CASTELO DE CUSTOIAS - NUMÃO



Breve Apontamento AuToCaRaVaNiStA:


Custóias em Numão é uma Freguesia pouco percetível para os mais distraídos, só quem tenha um plano já estudado da região, vai têr curiosidade de lá chegar. Quem vai por exemplo a Freixo de Numão, onde temos inclusivamente uma Area de Serviço, quase não se apercebe da existencia deste Castelo e desta Freguesia, mas se tomar a estrada interior para S. João da Pesqueira, vai passar ao lado, e concerteza vai avistar o Castelo altaneiro ao longe. Nessa estrada há um corte, (não existe placas de indicação do Castelo, nem tão pouco de Custoias) que serra acima nos leva à freguesia de Custóias, onde para além do interessante Castelo, tem uma igreja Matriz de origem medieval que deve-se destacar igualmente. O Castelo Mediéval é composto no seu interior por centenas de milhares de pedras de pequeno porte e arredondadas, que presumo sejam de paredes caídas, já que são visiveis vestígios de uma aldeia interior ainda com a sua arquitectura percetível. O cemitério medieval, original, com sepulturas escavadas na pedra no interior e exterior, e no qual aproveitaram os actuais residentes, para continuaram a dar uso como cemitério da freguesia. Mas o melhor é verem as fotos.


História:


A freguesia de Numão, amplamente estudada neste século por uma multiplicidade de investigadores, tem uma história resplandecente, com um auge assinalável em plena Idade Média. Podendo existir vestígios de uma Pré-História distante, são no entanto já certos e inventariados restos de povoados do Calcolítico a Bronze. Nos «cerros» do « Sobreiral», que inventariámos com a denominação de «Citânia da Teja», fomos encontrar enormes vestígios de uma Pré-História recente (III a II milénios antes de Cristo). Também no morro do Castelo se pode recolher cerâmica destes períodos, o que, «a priori», nos leva a induzir da ocupação do «morro de Numão» desde tempos imemoriais. Teria sido este morro resguardado de povoados do Cobre, do Bronze, do Ferro, fortaleza Romana (?) destruída pelos Árabes, fortaleza Medieval até à pacificação do território Português (após afastada a «Mourama» e delimitadas as fronteiras)?

Do período Pré-Histórico são inúmeros os materiais (essencialmente machados de anfibolite) que se encontram numa colecção particular hoje pertencente ao Senhor Engº Carlos Lacerda. Quanto à fixação Romana, por aqui restaram e se misturaram com os povos autóctones, podendo nós encontrar vestígios (enterrados) na parte baixa da actual freguesia. Inúmeros materiais deste período, com incidência para moedas e pesos de tear em barro foram recolhidos pelo médico Dr. João Gouveia. Restos de colunas em granito, bases e capitéis e outros materiais têm sido exumados em vários pontos da freguesia.

Desses primeiros séculos da nossa era, ficou-nos uma «ara votiva» dedicada aos Deuses e Deusas CONIUMBRICENSES! Durante muitos anos os investigadores ligaram os CONIUM aos CONIM (versus Conimbricenses), o que levou a interpretar a dedicatória aos Deuses de Conímbriga! No entanto, hoje, à luz de uma nova investigação e reinterpretação dos textos, podemos verificar, num documento do século XIII, a referência a «um lugar contra Columbria», provavelmente a tal Coniumbriga que se refere na Ara de Numão! Daí a nossa inclinação para a existência naquele lugar de uma grande «VICUS» e porque não uma «CIVITAS» com a denominação provável de CONIUMBRIGA. Deste período de ocupação são ainda duas inscrições na rocha granítica, uma junto ao Castelo, no caminho do Areal, onde se cita a gens que fez a estrada Romana; outra no lugar da Telheira, onde ficou registado o nome do proprietário (um tal REBURRI). Vários outros lugares com vestígios da «época dos Imperadores» encontram-se espalhados pela área, sobressaindo os lagares e lagaretas, no Morgado, no Arnozelo e outros lugares.

Em 960, o castelo de Numão pertencia, juntamente com outros, a D. Châmoa Rodrigues que o doou ao convento de Guimarães, através de sua tia, a Condessa Mumadona.

Deve, entretanto, ter sido ocupado pelos mouros, pois, segundo alguns, Numão terá sido reconquistado por Fernando I, o Magno, de Leão, em 1055.

O convento vimaranense manteve, contudo, o interesse por este castelo, dado que um inventário das suas propriedades, datado de 1059, continua a mencioná-lo.

A vila de Numão teria ficado, em resultado das investidas árabes, completamente abandonada. Se isso na verdade aconteceu, não durou, todavia, muito tempo uma vez que pouco depois, em 8 de Julho de 1130, D. Fernão Mendes de Bragança e seus filhos dão-lhe o primeiro foral.

O castelo primitivo deve ter sofrido bastante nas lutas com os mouros, levando a que nele se realizassem obras de melhoramento, em 1189, no reinado de D. Sancho I. Vestígio ainda dessa época - século XII - é um Cristo de bronze esmaltado, de Limoges, testemunho, talvez, da presença de cruzados franceses nas lutas contra o Islão. A própria Igreja Matriz, apesar de todas as adulterações sofridas ao longo dos tempos, é de traça românica, assim como a Igreja de Santa Maria, construída dentro do castelo e hoje em ruínas.

Em 1247, era tenente da «terra» D. Afonso Lopes de Baião a quem, como representante régio que era, competia exercer funções de carácter administrativo e militar.

A conservação do castelo preocupa ainda D. Dinis que, em 1285, o mandou reconstruir.

Em 1373 era alcaide de Numão Vasco Fernandes Coutinho, um dos homens mais poderosos das Beiras.

Durante a crise nacional do fim da primeira dinastia, o concelho de Numão adoptou uma posição mais favorável à princesa D. Beatriz, nomeando inclusive um procurador às Cortes de Torres Novas de 1380.

No século XV, o julgado de Numão era obrigado a contribuir com 12 besteiros, sinal da sua importância militar.

Em 1512, D. Manuel I concede-lhe a carta de foral nova, isto numa época em que Numão e o seu termo estaria com uma população de cerca de 300 moradores.

Posteriormente, a importância de Numão começou a enfraquecer, deixando mesmo de ser o local de residência de algumas das suas autoridades mais importantes. A própria justiça que aí se administrava foi contestada, levando a população a pedir a substituição dos juizes locais por juizes de fora, acusando-os de serem aparentados uns com os outros e de não serem imparciais. A partir de meados do século XVII deixa de ser definitivamente a sede do concelho que muda para uma das suas antigas freguesias - Freixo de Numão - localidade onde passam a residir os juizes de fora, novos administradores do concelho.

No século XVIII, Numão deve também ser sido vítima do célebre terramoto de 1755, dadas as várias datas oitocentistas inscritas nas paredes da Igreja Matriz.

Como a generalidade das povoações do concelho apresentou um crescimento populacional contínuo desde o século XVIII até que, já no nosso século, a sangria da emigração o veio anular.

Do muito que já se escreveu sobre Numão, queremos deixar aqui reproduzidas algumas citações da obra «História da Diocese de Lamego» do Dr. Manuel Gonçalves da Costa:

1. O Castelo de Numão, tanto no sentido de fortaleza que de facto foi como de cabeça administrativa dum território, desempenhou papel de primordial importância ao longo da história como baluarte fronteiriço e estratégico do alfoz pelo rio Douro a norte, Custóias a poente, a sul por uma calçada provavelmente romana que desembocava próximo da confluência da ribeira de Duas Casas com a de Tourões, e a nascente pelo veio do rio Águeda. A vasta área deste alfoz, significa, para R. Pinto de Azevedo, a realidade do despovoamento da região, confirmada aliás por outros documentos. Estaria pois na intenção do donatário promover o repovoamento da terra. No respeitante a rendas e direitos, dispôs o foral de D. Afonso III que, em vez do oitavo da cevada, cada morador da vila e termo pagasse 2 alqueires acrescidos de 5 reais «da nossa moeda de 6 ceitis». A pena de arma revertia a favor dos juizes ou do alcaide; os maninhos e um terço dos montados pertenciam ao concelho, sendo os outros dois terços do senhorio, bem como o gado ao vento, ficando a pessoa que o achasse obrigada a declará-lo ao escrivão dentro de 10 dias, sob pena de ver-se «demandado» por furto. Apenas a portagem de compra e venda se reservava como direito real.

Ainda no reinado do Bolonhês surgiu uma disputa entre o concelho e Santa Cruz de Vilariça, sobre parte da veiga de Santa Maria, além-Douro, «contra Columbria», mandada «apegar» pelos moradores de Numâo. Estes fizeram-se representar na corte pelo seu procurador Egas Anes (Egeas Joanes) e depois de discutidas as pretensões das duas partes, acordou-se em partir o lugar ao meio a fim de ambos os concelhos o povoarem e granjearem, excepto o barco e o porto com o respectivo «cartario», acordo confirmado por el-rei em Santarém, a 8 de Fevereiro de 1263. Na crise nacional que se seguiu à morte de D. Fernando, o município numantino tomou o partido da rainha de Castela, solidarizando-se com as outras vilas acasteladas de Penedono, Pinhel, Sabugal, Castelo Rodrigo e Trancoso. Consequentemente, os juizes, juntos «por concelho apregoado» segundo o uso e costume, constituíram «por nosso lydimo avontoso procurador, autor e mensageiro especial» a João Antão, natural de Mós, para em seu nome eleger, por sucessora de D. Fernando, a sua filha Dona Beatriz. Firmes na sua oposição às pretensões do mestre de Avis e ao sentimento geral da nação, os numantinos voltaram a reunir-se três anos mais tarde e escolheram o juiz Afonso Domingues como seu representante no casamento da infanta com D. João de Castela, em documento lavrado pelo tabelião Afonso Fernandes.



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